Siba volta a Belo Horizonte neste sábado com reformulado show do disco ‘De Baile Solto’

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
26/07/2018 às 18:55.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:37

(José de Holanda/Divulgação)

“Toda vez que eu dou um passo / o mundo sai do lugar”, atestou Siba na icônica canção que nomeia o disco gravado com a Fluoresta, em 2007. Mais de dez anos depois, a máxima é latente na caminhada do artista pernambucano. Se em 2014 ele usou sua voz para defender o maracatu de baque solto (após ofensivas policiais pelo encerramento precoce dos festejos, em Nazaré da Mata), em 2015 foi a vez de reverenciar a manifestação popular que moldou sua formação, com o disco “De Baile Solto”. 

Desde então, Siba continua dando passos e o mundo vai se deslocando para acompanhá-lo. Prova recente são as transformações que remodelaram o show “De Baile Solto” nos últimos dois anos de circulação. O espetáculo chega neste sábado (28) a Belo Horizonte, onde acontece n’A Autêntica, com abertura do mineiro Arthur Melo.

Em entrevista ao Hoje em Dia, o artista pernambucano, que começou sua trajetória na banda Mestre Ambrósio, ressalta as mutações provocadas pela estrada. “O show ‘De Baile Solto’ foi particularmente mutante. Começou muito baseado no disco, com complementação de músicas especialmente da Fluoresta, pela relação óbvia com a retomada rítmica de rua. Eram repertórios que conversavam bastante”, diz. “Ao longo do tempo, o show foi incorporando outros elementos. Foram entrando músicas de outros discos, como ‘Avante’ (2012). Hoje, é um repertório que flutua bastante entre os vários momentos da minha história”, sublinha.

Para Siba, o show sintetiza a ambição de transpor para o palco elementos da cultura popular pernambucana de rua – tanto que os momentos de ápice fazem alusão direta ao maracatu de baque solto. “O balé de Mestre Nico (percussionista da banda e mestre de maracatu) é a hora em que ele toma a frente do palco e cria uma situação de dança coletiva muito prazerosa. Tem também o momento em que faço poesia de improviso, elemento central da minha formação como maracatuzeiro. O show não seria pensado sem esse elemento, já que o disco todo é inspirado no maracatu de baque solto como referência cultural”.

Sobre a experiência de tocar em BH, cidade que guarda paixão visceral pela música pernambucana, Siba é taxativo. “Falar sobre a relação entre Minas e Pernambuco é ‘chover no molhado’. O público mineiro é super afetuoso, tem uma entrega automática. É sempre muito bom voltar a essa cidade, onde eu tenho tantas histórias de idas e vindas. Para além do show, é uma oportunidade de rever essa terra que eu adoro tanto”, finaliza. 

Serviço: Siba em BH, abertura Arthur Melo. Sábado (28), às 22h, n’A Autêntica (rua Alagoas, 1.172 – Funcionários). O ingresso custa R$ 40.

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