Simone: única apresentação em BH

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
10/09/2015 às 07:12.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:42

(Regina Sampaio)

A cantora Simone chega à baliza das quatro décadas de palco com justificado orgulho. “Acho vitorioso uma mulher viver de sua música no Brasil durante 40 anos. Tenho um orgulho imenso da minha trajetória, dos meus caminhos, do público que me acompanha”, diz ela, que se apresenta logo mais na capital mineira. Os ingressos estão esgotados– além do talento da cantora, contou o fato de terem sido disponibilizados a R$ 1.   Simone lembra que a fidelidade de seu público só existe, e de maneira tão forte, porque há uma relação de verdade. “Nunca menti no meu trabalho. Sempre o fiz com todo amor, prazer e verdade”. O espetáculo “É Melhor Ser”, montado para festejar o marco, teve uma primeira etapa e volta agora, remodelado, para turnê nacional. O foco são as compositoras.   1) Esse é o primeiro show da nova turnê do espetáculo alusivo a seus 40 anos de carreira, confere? O que mudou em relação ao espetáculo anterior?   Na verdade, ainda estou fechando o novo repertório, mas permanece o fio condutor inicial, as grandes compositoras mulheres. Mas abrirei também para autores importantes na minha trajetória - afinal, são 40 anos de carreira. É uma marca a ser respeitada e, sobretudo, festejada. O espetáculo tem apenas um ato e as canções se entrelaçam organicamente. O roteiro intercala músicas do disco "É Melhor Ser" com sucessos da minha carreira, como "Alma" e "Proposta", além de canções que nunca gravei, como a versão que o Fagner fez para o poema ´Canteiros´, de Cecília Meirelles.   2) Imagino que seja positivo, o balanço dessas quatro décadas de serviços prestados à música...   O meu saldo é mais do que positivo. Gravo e sigo gravando os maiores compositores desse país. Quero seguir fazendo apenas o que acredito e isso, naturalmente, acabará chegando ao coração das pessoas. Com as novas tecnologias, o acesso à música está cada vez mais democrático, independentemente das rádios ou outros meios mais convencionais.   3) Poderia se deter sobre a direção do espetáculo? Por que sua escolha recaiu sobre a Christiane Torloni?   Escolhi a Christiane Torloni para dirigir esse show porque queria ter o olhar feminino, queria uma pessoa de teatro, que olhasse para mim e me visse. E foi exatamente o que a Chris fez. Ela é uma pessoa de teatro, uma grande atriz, e tem esse universo que eu queria mostrar. Ela me olhava e me via.   4) Para além da turnê, como está sua vida? Continua morando no Rio?   Moro há muitos anos no Rio, a cidade que me acolheu durante grande parte da minha carreira. Tenho uma rotina muito sossegada, sou uma pessoa caseira, e gosto de estar perto dos meus amigos. Diariamente, tenho uma rotina de exercícios que me ajudam também a ter um bom preparo para a rotina de shows, que é sempre muito cansativa. Tenho todos os cuidados possíveis com a voz! É o meu instrumento de trabalho, além de ser delicadíssimo. Faço 40 minutos de aquecimento antes do show, assim como o desaquecimento ao final. Pratico vários exercícios para as cordas vocais, vou ao fono, fujo de ar-condicionado, durmo muito bem... E por aí vai...

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