A programação do Rock in Rio no quinto dia do festival, nesta sexta-feira (25), traz a escalação mais variada dentro de um mesmo gênero. Cada uma das oito atrações do dia tem um perfil singular de fazer rock. Difícil saber se algum espectador pode gostar de todas delas.

O Slipknot, maior nome da noite, tem mais penetração entre os jovens. Os “headbangers” mais velhos já viram os elementos que compõem o show em outras bandas espalhadas nas últimas décadas: máscaras, fogos, explosões, teatrinho de decapitações.

Para os mais velhos, o Faith No More é mais instigante. A banda é capaz de misturar heavy metal até com jazz, sem deixar de fazer canções grudentas. O “FeNeMê” é aquilo que muita gente pensa que o Red Hot Chili Peppers é: som inventivo, fugindo de clichês.

Moonspell

Os outros grupos do palco Mundo não poderiam ser mais diferentes. Mastodon reúne músicos “cabeçudos”, que inovam o metal em busca de um “estado de arte”. O De La Tierra, reunião de integrantes de bandas latinas em um supergrupo, faz som pesado mais tradicional. Na banda, o guitarrista brasileiro do Sepultura, Andreas Kisser. No Sunset, palco secundário do festival, a abertura às 15h15 é uma incógnita. Em um agrupamento que tem o músico André Abujamra como nome mais conhecido, o Clássicos do Terror é um projeto de heavy metal com filmes de horror. É ver para descobrir.

Depois vem o gótico português Moonspell – com dez discos, os veteranos mostram seu som gótico ao lado de Derrick Green, vocalista do Sepultura – e o representante finlandês do metal sinfônico Nightwish, que, aqui, se encontra com o cantor da Sonata Arctica, Kakko. Bandas diferentes, mas de cartilhas conhecidas.

Sobra um outro mistério na apresentação do exímio guitarrista Steve Vai com a Camerata Florianópolis. Numa edição que tem se destacado por shows que resgatam sucessos manjados de bandas conhecidas, eis um dia para se diferenciar neste Rock in Rio.

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