Como tanta gente, um dia Catarina se deu conta que tinha um bom emprego, mas não uma carreira; não estava apenas infeliz, estava em crise. Como alguns, ela buscou um analista. E como quase todo mundo, acabou apaixonada pelo dito cujo. Esta é a sinopse de “Freud, me Tira Dessa”, romance que fez da mineira Laura Conrado, até então mais uma jornalista, uma escritora de renome, premiada e amada por seus milhares de leitores. Para tornar a fábula mais feliz, acaba de sair a 3ª edição do romance. Recorde na Editora Novo Século, pois a 1ª edição saiu em abril de 2012 e cada tiragem imprime dois mil exemplares.   Bom, ainda que o público-alvo da saga de Catarina (entre 18 e 25 anos, majoritariamente feminino) se reconheça nas 239 páginas, identificação somente não explicaria tanto sucesso.    “Desde cedo, não me limitei a deixar as coisas só na mão da editora. Fiz minha própria assessoria de imprensa, fiz contatos com livreiros, me banquei para ir às primeiras feiras literárias. Mas mesmo quando não pensava vender nada, ir só para divulgar, acabava vendendo alguma coisa”, explica Laura, que localiza o desejo de ter essa profissão desde criança, quando escrevia livros e pendurava no banheiro de casa, para sua família ler.   Seus expedientes para ter leitores mudaram: hoje, eles propõem ideias na sua caixa postal. Uma sugeriu a versão teen de Catarina, “Só Gosto de Cara Errado”, que sai em abril, na Bienal de Brasília.   “Ela tem 14 anos, me escreveu pra dizer que viu a irmã rindo ao ler o Freud e resolveu ler também. Se achou a própria Cat e me pediu para escrever um livro para ela. É um período delicado. Adolescentes pensam que tudo gira em torno da vida amorosa. Aí aproveitei para falar de novos modelos de famílias, de pais separados”, adianta Laura, que tem contrato com sua editora para lançar quatro volumes dirigidos ao público jovem. Com data marcada e tudo. 

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