Tempero mineiro é destaque no Congresso Internacional Gastronômico Madrid Fusión

Altino Filho - Do Hoje em Dia
21/01/2013 às 11:11.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:50
 (André Brant)

(André Brant)

O XI Congresso Internacional Gastronômico Madrid Fusión, que já é chamado por muitos de o ‘Oscar da Gastronomia’, iniciou seus trabalhos nesta segunda-feira (21) e, até a próxima quarta, quem brilha soberana por lá é a culinária mineira. É a primeira vez que um Estado, no caso Minas Gerias, protagoniza o Madrid Fusión.

Desde 2002, quando o encontro foi criado, apenas países tiveram o privilégio de ser homenageados. Saem os tacos do México, o ceviche do Perú, ou a exótica comida da Coréia do Sul, e entram a linguiça, o pão de queijo, o frango caipira, o café e a cachaça - símbolos maiores da mesa produzida em Minas Gerais. Nesta décima-primeira edição, o Madrid Fusión levou 15 cozinheiros daqui, dando à eles a missão de apresentar a comida mineira com criatividade e, claro, liberdade.

Aliás, o tema do Congresso é justamente esse: ‘La Creatividad continua’, o que permite bastante espaço para ingredientes como a castanha de barú, a jabuticaba (que, dizem, só existe no Brasil) e o pequi brilharem, surpreendendo gente dos quatro cantos do mundo. Apesar de relativamente novo - 11 anos não é tanto tempo assim -, o ‘Madrid Fusión’ atrai um batalhão de jornalistas de diversos países criando um verdadeiro frenesi nas ruas madrilenhas.

Na última edição, a décima, foram 1.100 profissionais especializados, tornando o evento o mais importante desse princípio de século XXI na área gastronômica. A bola agora, ou a colher de pau, está nas mãos dos mestres mineiros do fogão como Dona Nelza Trombino (Xapuri), Ivo Faria (Vecchio Sogno), Guilherme Melo (Hermengarda) ou da mineiríssima Dona Lucinha, da casa que leva o seu nome.
 
Os chefs

Todos os 15 chefs deverão dar ênfase aos tradicionais temperos de Minas e, certamente, buscarão a melhor maneira de apresentar à gregos e troianos como degustar uma boa cachaça - e quais são os tira-gostos que melhor a acompanham - como fazer um cafezinho típico de Minas, ou qual é o verdadeiro segredo do velho pão de queijo.
 
Se a presença em Madri for bem sucedida os dividendos para o estado também serão. É o que espera tanto a Secretaria de Estado do Turismo como o próprio governador Antonio Anastasia - que ofereceu um almoço aos visitantes do encontro no ano passado e apresentou algumas iguarias da culinária mineira para os comensais.
 
Para o Made in Minas será um banquete e tanto se todos mostrarem “a paixão, o interesse pela comida” como definiu José Carlos Capel, idealizador do encontro. Agora, só depende da gente. E temos a faca e o queijo (mineiro) nas mãos.

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