Thelmo Lins conta que no último domingo (11) mesmo se flagrou agradecendo. “Outro dia, vi uma entrevista da Nana Caymmi, na qual ela dizia que gostaria de não ser tão conhecida, para ter mais liberdade. E a gente, que não é tão conhecido, às vezes reclama... (risos). Na verdade, a gente tem a agradecer, pelo que tem, pelo que conquistou, pois só a gente sabe o quanto lutou, sem atropelar ninguém, sem prejudicar – ao contrário, tentando levar os colegas junto. Tenho sim, muito a agradecer, sou privilegiado”, diz o cantor, que está completando 30 anos de trajetória.
Com direito, claro, a um show. Ou a vários. Um deles acontece logo mais, no Teatro Santo Agostinho, dentro do projeto “Caixa Acústica”, que marca os 15 anos do espaço. Nele, Thelmo divide o palco com a colega Ana Cristina. “Cada um faz dois blocos. Ao todo, cantamos quatro canções juntos e oito solo. A Ana vai focar nas composições próprias, faz um balanço da carreira dela e inclui inéditas, duas ou três. No caso, focando o trabalho adulto. E eu também vou fazer um pouco isso (um balanço), desde primeiro show que fiz em homenagem a (Frank) Sinatra, depois um pouco de cada disco, mais músicas que não gravei, mas gosto”. No palco, estarão, ainda, os músicos Rogério Delayon (violão e guitarra) e Christiano Caldas (teclado e acordeon).
Em tempo: Thelmo Lins está por trás da direção artística do “Caixa Acústico”, projeto cuja palavra risco está intrinsecamente ligada à sua gênese. “Os artistas estão se arriscando tanto quanto eu, é um projeto calcado no público, não tem cachê. Mas todos os convidados foram muito receptivos”. Thelmo se diz arrebatado pela qualidade artística que vem apreciando desde o início do projeto. “Estou muito animado e queremos mais ano que vem... Bom é que tem artista que já vem se candidatando”, brinca.