Timbres sintéticos para atrair as crianças

Germana Delage - Hoje em Dia
23/03/2015 às 08:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:26

(Perfexx/Divulgação)

“A criança é livre de preconceito, é espontânea, aberta para conhecer o novo e muito verdadeira”. É com essa frase que a artista mineira Érika Machado define sua mais nova produção: “Superultramegafluuu” (Natura Musical), um disco feito, especialmente, para os pequenos.

Desde o início da carreira, Érika observava a presença de crianças e pré-adolescentes na plateia, o que foi lhe despertando a ideia do novo trabalho. “Era um público que já vinha se aproximando. No começo eu estranhava um pouco, pois considerava minhas músicas muito confessionais e não tinha pensado, a princípio, nessa turminha”, conta.

Mas logo a cantora foi conquistada pelo universo infantil e se mostrou interessada por tantas novidades. “Fiquei animada em poder encher meu trabalho de imagens e cores, poder abusar na parte estética do CD, e então tive mais liberdade de criar na parte visual”, disse Érika.

A sonoridade de todo o álbum é baseada em timbres sintéticos e baterias programadas, com recheio de baixos eletrônicos e vozes de robô espalhadas por toda parte.

O nome “Superultramegafluuu” também foi invenção de Érika, e representa o lado lúdico de um mundo inocente. “Estava compondo e brinquei de inventar nomes. Fui juntando as palavras como se elas fossem mágicas, até chegar nesta explosão de sons. Achei o resultado simpático e o escolhi para dar nome ao disco”.

Brincadeiras

O destaque fica por conta da primeira música do álbum chamada “Por quê”, em que sons de videogame aparecem para animar a insistente pergunta que aparece ao longo de toda a melodia. Já “O Relógio” questiona a relatividade do tempo quando é hora de aproveitar a vida. A terceira faixa leva o nome que batiza o trabalho.

A canção “A Nossa Sombra” trata da magia das imagens construídas com sombra e luz e “O Melhor da Vida” fala de distância, saudade e amor. “Toda Palavra” soa ludicamente didática, e “O Lobo É Legal” reabilita o animal que perseguia Chapeuzinho Vermelho. Ela inverte a lógica da classificação do que seja um “Programa de Índio”.
 

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