Tribunal retira suspensão da execução do homem que feriu Larry Flynt

AFP
Publicado em 20/11/2013 às 20:23.Atualizado em 20/11/2021 às 14:16.

WASHINGTON - Um tribunal de apelações levantou nesta quarta-feira (20) a suspensão da execução de um homem que deixou paraplégico o produtor de filmes pornôs Larry Flynt, emitida por um juiz, que questionou a droga a ser utilizada no cumprimento da pena, anunciou a CNN.

A execução de Joseph Paul Franklin, um partidário da supremacia branca que assassinou 22 pessoas entre 1977 e 1980, deveria ter ocorrido terça-feira à noite.

Mas um juiz do Missouri (centro) adiou a execução, alegando que o uso de pentobarbital na injeção letal carregava um alto risco "de dor desnecessária, além do necessário para matar".

Mas o Ministério Público recorreu da decisão e conseguiu nesta quarta a revogação da decisão por um tribunal de apelação, que considerou insuficiente as provas apresentadas pelos advogados de Franklin para impedir sua execução.

De acordo com a CNN, Franklin ainda pode ser executado nesta quarta-feira, se nenhuma outra ação judicial estiver em curso.

Um segundo juiz federal, Carol Jackson, também ordenou a suspensão da execução, alegando que Franklin não era mentalmente competente. A acusação também recorreu desta decisão.

Franklin foi condenado a várias penas de prisão perpétua e à morte pelo assassinato de Gerald Gordon em frente a uma sinagoga em St. Louis, no Missouri, em 1977.

Ele também foi condenado pela morte de dois negros em Utah, de um casal misto em Wisconsin e de um atentado contra uma sinagoga no Tennessee.

Ele não chegou a ser julgado por ter atirado em 1978 contra Larry Flynt em frente a um tribunal, onde o produtor de cinema pornô respondia a uma acusação de obscenidade.

Flynt, de 70 anos, preso a uma cadeira de rodas há 35 anos, pediu ao estado de Missouri que não executasse o homem que o deixou paraplégico.

"Na minha opinião, os únicos motivos em que se baseia a pena de morte é a vingança e não a justiça. E eu acredito fortemente que um governo que proíbe o assassinato entre os seus cidadãos não deve se envolver em matar pessoas", disse Flynt em uma coluna publicada no Hollywoodreporter.com

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