Trio O Terno homenageia Minas em terceiro álbum

“Melhor do que Parece” tem um tom alto astral

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
30/09/2016 às 17:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:03

(MARCO LAFER/DIVULGAÇÃO)

“Não tem lugar que eu goste mais/ do que as montanhas de Minas Gerais/ Quando eu for velho, quando eu for avô, é pra lá que eu vou”. Esses são versos da música superfofa “Minas Gerais”, que integra o novo disco do trio paulista O Terno, “Melhor do que Parece” (Natura Musical/ Tratore). 

Este é um dos exemplos do tom mais festivo e positivo que a banda demonstrou em seu terceiro trabalho. “Essa música é meio que autobiográfica pra gente. A primeira viagem que fiz com os meninos antes de entrar para O Terno foi para Diamantina, para o Festival de Inverno. Passamos uma semana tocando na rua, foi ótimo”, lembra o baterista Biel Basile.

O disco conta ainda com músicas sobre amor, São Paulo e desilusão, todas escritas pelo guitarrista e vocalista Tim Bernardes. “É um disco mais alto astral, com menos coisas cabeçudas e mais coração. Tem um amadurecimento da banda”, completa.

“No fim da tarde, um pão com café/ de noite um caldo num beco qualquer/ de madrugada, beber e sair/de manhã cedo, a igreja e o sol a subir”Trecho da Letra de “Minas gerais”

Como contou com uma boa verba para fazer o disco – por conta do edital da Natura –, o trio pôde rechear o trabalho com sonoridades diferenciadas: trombone, flauta, sax, harpa, violino...
“Reproduzir esse disco no palco não foi fácil. Então, a solução que arrumamos foi incluir um pedal eletrônico, disparando alguns recortes sonoros ao longo do show”, explica Basile, lembrando que O Terno se apresenta n’A Autêntica (rua Alagoas, 1172, Savassi) no dia 21 deste mês, dentro do projeto “Música Quente”.

Percurso

Para chegar a “Melhor do que Parece”, houve uma aposta em aproveitar o máximo o período de pré-produção. Primeiramente, o trio foi para um sítio do produtor Gui Jesus Toledo (que também comandou “O Terno”, de 2014) para uma semana de imersão. “Foi o momento em que pudemos ficar mais íntimos das canções e testar recursos de estúdio, experimentar umas coisas mais malucas”. 

Depois disso, houve mais uma semana de ensaios intensivos no estúdio até que partiram para a gravação. “Como tínhamos mais recursos, pudemos ficar no estúdio com mais calma. Fizemos praticamente uma música por dia. Teve até o caso de uma música que fizemos, mas no dia seguinte a ouvimos e decidimos fazê-la de forma diferente e gravá-la de novo”, conta Biel. 

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