Um Teatro Mágico menos colorido

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
30/05/2014 às 08:37.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:48
 (Luiza Prado/Divulgação)

(Luiza Prado/Divulgação)

O novo show que o Teatro Mágico traz ao Chevrolet Hall no sábado (31) deve surpreender o apaixonado público da banda paulista. Baseada em seu último álbum, “O Grão do Corpo”, a apresentação conta com uma linguagem totalmente modificada – tanto na sonoridade quanto na estética de figurino e performances.    Os questionamentos sociopolíticos vivenciados no país desde o ano passado foram a principal fonte de inspiração. “Depois de dez anos de estrada e de uma trilogia, percebemos que era um momento de mudança”, afirma Fernando Anitelli, vocalista e líder da trupe. “O grão simboliza um novo nascimento, a vida, a possibilidade de germinar frutos”.    O figurino criado pelo estilista Marcelo Sommer para a nova turnê (com elementos de uma cultura pós-punk e urbana) e a maquiagem (inspirada no icônico “dia de los muertos” mexicano) simbolizam a mudança.    “Em um momento em que o país vivencia questões sobre corrupção, racismo, violência contra a mulher e outros grandes problemas, não fazia mais sentido o Teatro Mágico aparecer de forma colorida. A maquiagem e o figurino representam essa fase mais densa”.   Com direção musical de Daniel Santiago (integrante do grupo), “O Grão do Corpo” também apresenta uma sonoridade mais urbana, com influências de outros caminhos roqueiros e da música eletrônica. As guitarras ganharam mais peso e as batidas mais pulsantes. Claro que o show dá lugar para momentos mais calmos, mas, de maneira geral, Anitelli promete uma apresentação mais visceral.    Performance   A ideia de transformação também conduz as performances circenses do Teatro Mágico. Dessa vez, os movimentos dos artistas devem ser mais agressivos – se contrapondo à leveza das turnês anteriores.    O cenário também está diferente. “Temos um telão de LED com símbolos que foram criados para cada uma das novas canções. É uma novidade para o Teatro Mágico”, adianta Anitelli, explicando que trabalhar a temática social é algo que a trupe já faz desde o início. “Sempre nos colocamos ao lado dos movimentos socais, tratamos das mazelas do país em nossas letras. A diferença é que agora o som está com maior pressão, mais denso”.   O Teatro Mágico é um dos maiores fenômenos musicais do país nos últimos anos. Em uma semana, o clipe de “O Sol e a Peneira” foi visto mais de 143 mil vezes. A banda já vendeu mais de um milhão de discos e teve mais de 8 milhões de downloads em seu site.    Teatro Mágico no Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230). Sábado, às 22 horas. R$ 70 e R$ 35 (meia).

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