Vanessa da Mata traz a Belo Horizonte o show 'Segue o Som'

Elemara Duarte - Hoje em Dia.
10/04/2015 às 08:10.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:35
 (Reprodução)

(Reprodução)

“Comodismo” não cabe na postura da cantora, compositora e escritora Vanessa da Mata, que traz para BH o show “Segue o Som”, neste sábado (11). No auge dos mais de dez anos de carreira, ela resolveu rever o jeito de cantar, está escrevendo mais um romance e pensa em reunir poemas do baú dela em um livro.

No repertório, canções inéditas do recente disco, que leva o nome do show. “‘Segue o Som’ foi a música mais tocada nas rádios brasileiras em 2014 e estamos quase chegando ao disco de ouro nas vendas”, comemora. Além disso, Vanessa resgata sucessos como “Amado”, “Boa Sorte/Good Luck”,”Ai, Ai, Ai”.

Dona de “repertório de voz cana-caiana”. É assim que Gilberto Gil definiu esta nova fase da cantora, por meio do release oficial do disco, lançado há um ano. Vanessa gosta da adjetivação e diz que o veterano músico “acertou” na observação.

A artista diz que sempre procurou fazer uma voz mais “fresca, sem os vícios que a carreira traz”. “Sempre trabalhei para não ter maneirismos e para sair do lugar comum”, frisa.

E para chegar a este ponto, mesmo com a carreira consolidada, ela diz que precisou de uma pitada de humildade. “Tenho atenção com a pasteurização, com o clichê. É muito fácil fazer as coisas ligando o automático na voz, mas gosto do frescor”.

Quem diria?

A experiência também traz ciladas! “A facilidade para cantar, que os anos dão pra gente, às vezes, nos leva a querer mostrar a voz de maneira vaidosa. Mas tenho vigilância para não perder a interpretação”, ensina. O inicio desta revisão vocal seria não achar que a música está a serviço do cantor. “Nós que estamos a serviço da música”, frisa. Para Vanessa, a música pode salvar uma vida, ao tirar alguém da tristeza. “E isso é a música que faz, não eu”.

A evolução vocal, diz, ela deve a duas pessoas, cujos nomes faz questão de citar para a reportagem: os da professora de canto Sandra Spirez e o da fonoaudióloga Monica Montenegro.

Baú poético

Depois de “A Filha das Flores” (2013), Vanessa da Mata se debruça sobre outra publicação. “Estou reiniciando um romance, mas ainda é muito cedo para falar”. Poemas, ela também tem. E parece que aos montes.

“Sabe aquele programa de televisão das pessoas que acumulam coisas? Então, sou uma acumuladora de poesia. Tenho um baú cheio de caderninhos, de todos os jeitos. De um lado são fitinhas cassete de secretária eletrônica, do outro, os poemas e letras de música”, revela ao Hoje em Dia, que apoia o evento na capital.

E ai de quem tentar procurar a chave deste baú! Nem adianta, avisa ela: “A letra, só eu entendo. E preciso fazer isso”, afirma, sobre a necessidade de publicar os versos.

Nas redes sociais é possível sentir como a poesia brota da cabeça – quase sempre adereçada de flores – de Vanessa. Ela faz, destes locais, “baús virtuais”, com versos e fotos – algumas das quais você, leitor amigo, pode ver nesta página. Mas, agora, o palco é o lugar da moça. E nesta próxima parada, Vanessa da Mata já planeja: “Vou ouvir o sotaque mais doce do mundo. Sou cheia de tias mineiras”, explica, lembrando da ala familiar nascida em Santa Juliana, no sul-mineiro.

Show “Segue o Som”, com Vanessa da Mata, neste sábado (11), às 22h, no Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro). Ingresso: de R$ 35 a R$ 120

 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por