Acredite, o Vanguart está mais ensolarado. Enquanto o álbum lançado em 2011, "Boa Parte de Mim Vai Embora", era bastante depressivo, o lançamento do momento, "Muito Mais que o Amor" (Deck), traz letras e melodias bem mais otimistas em relação à vida e aos relacionamentos.
"Nossos álbuns são muito pessoais, revelam o momento em que estamos vivendo. Agora, há uma composição mais conjunta da banda e começaram a surgir músicas de amor mais ensolaradas. Acho que percebemos que estamos em um momento bom da vida e mais apaixonados", conta o vocalista e líder da banda, Hélio Flanders.
Os integrantes do Vanguart estão mais maduros e numa maior estabilidade de trabalho. Não precisam mais se apertar em pequenos hotéis para tocar em pequenos festivais do interior. Agora os músicos de Cuiabá, radicados em São Paulo há sete anos, podem prezar pelo conforto e pela qualidade do espaços por onde passam – tanto que agenda da banda ficou bem mais enxuta do que há cinco anos.
"Somos muito chatos com as questões técnicas e isso encarece muito o show. Por isso não dá para circular tanto quanto antes. Sei que não vou conseguir no Acre a mesma qualidade que tenho no Sesc Pompeia. Preferimos fazer menos shows, mas que sejam melhores", esclarece Flanders, adiantando que a dinâmica do novo show está bem diferente do anterior – justamente porque a sonoridade e o espírito da banda está diferente.
Flanders conta que foi um desafio para o Vanguart mudar radicalmente sua postura musical, depois de ter construído um público Brasil afora com músicas mais introspectivas e tristes. "Foi um desafio como compositor sair do tema. Fiquei com medo de ficar estigmatizado, de ter uma banda monotemática".
Disco físico
Antes mesmo do lançamento de "Muito Mais que o Amor", o Vanguart já estava fazendo uma pré-venda do disco físico em seu site. Flanders entende que a maioria das pessoas vai procurar pelas músicas na internet, mas que é preciso trabalhar o disco físico junto aos fãs mais fiéis.
"Há um público que está criando a consciência da importância de não só ir aos shows, mas também comprar o disco para valorizar a banda. É algo que vai além do objeto. Existem fãs que têm uma consciência sobre o mercado", afirma.
Saiba mais em http://www.muitomaisqueoamor.com.br.