Vários produtores para uma pluralidade musical

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
27/03/2016 às 17:44.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:40

(João Milet Meirelles/divulgação)

Se Manuela Rodrigues já era uma das artistas mais plurais na rica cena musical da Bahia, essa característica se mostra ainda mais ampliada em seu terceiro álbum, “Se a Canção Mudasse Tudo” (Natura Musical).

Para este trabalho, ela convidou cinco produtores que tiveram total liberdade para escolher instrumentistas e inserir elementos – sempre com a aprovação da cantora, é claro. 

Andre T, Gustavo di Dalva, João Milet Meirelles, Luciano Bahia e Tadeu Mascarenhas (que já havia trabalhado com ela nos dois álbuns anteriores) foram os escolhidos para produzir as 14 faixas do álbum. 

João Cavalcanti e Silvia Machete participam do álbum

“Como a proposta do CD era o cruzamento de diferentes produtores musicais, fui junto com eles vendo que canção combinava mais com as características de cada um. Queria trabalhar com elementos percussivos, elementos eletrônicos e com o som de banda ao vivo”, conta Manuela Rodrigues, que assina quase todas as faixas – com exceção de “Vai que Eu Desembeste”, de Romulo Fróes e Clima, “Risos”, de Ronei Jorge, e “Extra II”, de Gilberto Gil.

Caminho próprio

A pluralidade ficou evidente, mas ela garante que há unidade neste álbum. “Eu tentava, na medida do possível, dar as minhas impressões e com isso o processo correu tranquilamente. Por um momento tive receio de que ficasse um resultado fragmentado, mas depois relaxei, entendi que o disco tinha um caminho próprio. Acho que no final tudo deu certo e vejo essencialmente o meu trabalho nele como vejo o trabalho de cada produtor em cada faixa”.

O interessante é que a diversidade musical de “Se a Canção Mudasse Tudo”, de alguma forma, reflete a variedade de linguagens que forma a cena musical baiana que é bem diferente do tradicional axé. 

Manuela cita as cantoras Mariella Santiago, Cláudia Cunha, Rebeca Matta e Marcela Bellas, e as bandas Cascadura, Maglore, Pirigulino Babilake e Baiana System como exemplos de qualidade e diversidade dentre a atual produção. 

“Existe uma cena muito forte em Salvador que é diversa, artistas que possuem carreira com CDs lançados, público fiel e que circulam pelo estado e pelo país”, afirma Manuela.

“Ainda não encontramos uma expressão que represente de fato essa produção. Talvez com um nome de batismo que expressasse sua força fosse mais fácil divulgar essa cena”.

Baixe o disco gratuitamente em naturamusical.com.br

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