Nada melhor para Chico Lobo do que poder comemorar seus 50 anos ao lado de amigos e de pessoas que foram fundamentais em sua trajetória de 30 anos de viola. E ele, nesta quarta-feira (14) vai tentar trazer para o palco do Sesc Palladium o aconchegante clima de uma boa roda de viola caipira. O espetáculo “Chico Lobo – 50 anos de idade e 30 de viola” vai contar com catiras, reisados, batuques, modas, cateretês e lundus.

Entre os convidados estará presente o tenor João Di Souza. Juntos lançaram em 2012 o disco “O Tenor e o Violeiro”. Déa Trancoso, com a qual lançou o CD “O Violeiro e a Cantora” é outra convidada. No show ela cantará, à capela, “Juriti Madrugadeira”. E com Lobo, “Riozim” - ambas de autoria do violeiro.

Se juntarão a Chico Lobo ainda os violeiros do projeto “Vivaviola” como Bilora, Gustavo Guimarães, Joaci Ornelas, Pereira da Viola e Wilson Dias. “Escolhi pessoas que marcaram a minha vida. São companheiros de estrada e têm em comum a paixão pela viola caipira”, conta Lobo.

Como mestre de cerimônia, Chico Lobo convidou o jornalista e folclorista Carlos Felipe, responsável por escrever a primeira resenha sobre o artista em Belo Horizonte, nos anos 80, em seu início de carreira.

Grupo Sarandeiros

O músico revela também a participação no show do Grupo Sarandeiros, uma parceria dele com o coreógrafo e diretor do grupo, Gustavo Cortes. São 16 bailarinos em cena que dançarão catira e um batuque de viola, sob o comando da viola de Chico Lobo. “Em 1987, quando me formei em Educação Física, comecei a fazer um trabalho com Gustavo. E continuamos parceiros. Tive uma grande sorte de encontrá-lo no início de minha carreira”, diz o violeiro.

Fazendo jus a fama de ser um dos mais ativos violeiros do Brasil, Chico Lobo lança em setembro um DVD duplo com o “Encontro de Violas”, gravado no Teatro da Caixa, no Rio de Janeiro, ao lado do violeiro Pedro Mestre. E outro com documentário sobre a viola caipira, no Brasil, e a viola campaniça, em Portugal. Este último, um projeto inédito no mundo, marca os sete anos de relação de Chico Lobo com Portugal em shows e encontros culturais.

“A intenção é mostrar que as violas caipira e campaniça têm em comum a preservação das culturas de Minas Gerais e das planícies do Alentejo”, comenta o músico.
Violeiro, folclorista, cantador e muitas coisas mais, como apresentador de TV, radialista e escritor, Chico Lobo nasceu em São João del- Rei e toca viola caipira desde os 14 anos. É reconhecido pela difusão da cultura da viola no Brasil e em outros países, inclusive Portugal.

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