Violino no forró: mistura fina de ritmos brasileiros e africanos

Jaqueline da Mata - Do Hoje em Dia
27/07/2012 às 11:00.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:53
 (Ale Gonçalvez/ Divulgação)

(Ale Gonçalvez/ Divulgação)

O músico Ricardo Hertz faz única apresentação em Belo Horizonte, no próximo domingo (29), para lançar seu quarto álbum “Aqui é meu Lá”. É o seu primeiro CD inteiramente autoral. O resultado mostra ainda mais sua capacidade de reinventar o violino.

Com o instrumento de música erudita, ele consegue misturar ritmos brasileiros, africanos e improvisa o jazz, mostrando a influência musical dos nove anos em que viveu na França.

No disco, com direção musical de Benjamim Taubkin, ele é acompanhado por Pedro Ito (bateria e percussão) e Michi Ruzitschka (violão 7 cordas). Só ouvindo o CD, é possível imaginar a presença de palco de Hertz: são solos quentes e melodias marcantes que o destacam na música instrumental brasileira. “Gravamos esse disco como se fosse ao vivo, dividindo o som com grandes músicos e amigos, dando vida às minhas composições”, comenta Hertz.

A inspiração, conta ele, vem de Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim.

O primeiro disco do músico “Violino Popular Brasileiro” foi lançado em 2004, com a participação do sanfoneiro pernambucano. “Tocar com Dominguinhos é muito emocionante”, ressalta.

Três anos depois, ele produziu o “Brasil em 2 por 4”, que inclui releituras de clássicos da MPB, gravadas no estúdio de seu apartamento, em Paris.


Em 2009, gravou “Ricardo Hertz para Crianças”, com arranjos e interpretação de composições do folclore infantil brasileiro. Nesse álbum, há participação dos músicos Marcelo Pretto, Danilo Moraes, Ari Colares e Carlos Nuñes.

Hertz, 34 anos, começou a aprender música aos quatro, tocando piano, flauta e violino. Foi aos oito anos que a paixão pelo instrumento que o acompanha solidificou. “Na época do colégio comecei a interpretar MPB, rock e forró. Mas foi em Boston (EUA), onde morei um ano, que eu me iniciei no violino popular (Berklee College of Music)”, disse Hertz.

Graduado em violino erudito pela USP, ao ir de férias para a França resolveu ficar por lá e estudou no Centre des Musiques Didier Lockwood - escola do violinista francês Didier Lockwood, uma lenda do violino jazz. Com Lockwood, tocou nas principais capitais brasileiras durante as celebrações do Ano da França no Brasil.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por