(Nathalie Close)
O belga Yannick Falisse, 29 anos, veio para Belo Horizonte pela primeira vez em 2007, com o objetivo de aperfeiçoar a língua portuguesa em três meses. Mas gostou tanto que, no ano seguinte, voltou – e daqui não foi embora mais. O designer gráfico encontrou muitos amigos músicos e possibilidades interessantes de trabalho.
Uma parceria importante estabelecida pelo belga foi o selo La Femme Qui Roule (referência à Serra do Rola Moça), ao lado do músico Leonardo Marques. E uma das iniciativas do selo é o projeto “La Femme Qui Roule Live Sessions”, que terá sua segunda edição nesta quinta-feira (17) com shows de Marques e de sua companheira de grupo Transmissor, Jennifer Souza.
“A proposta do selo sempre foi promover o encontro, quaisquer misturas que quisermos fazer. Sou designer gráfico, sou mais visual. Já o Leo é músico, e acreditamos que unir nossos trabalhos ‘ganha’ força. Aos poucos, outras pessoas foram se interessando pelo nosso trabalho”, conta Yannick Falisse.
O designer estabeleceu um forte contato com todo o quinteto do Transmissor. Realizou os belos projetos gráficos dos primeiros discos de Marques e Jennifer (“Dia e Noite no Mesmo Céu” e “Impossível Breve”, respectivamente, os primeiros lançamentos do selo La Femme). Com a banda em si, trabalhou no projeto do disco “Nacional” (2011), e do novo trabalho, “De Lá Não Ando Só”.
Falisse trabalhou, ainda, sobre os projetos gráficos dos encartes das bandas Radiolaria e Dead Lover’s e do baixista Frederico Heliodoro. Pelo La Femme, lançou o EP de seu projeto musical, Teach Me Tiger. “Belo Horizonte tem um cenário musical fantástico, que funciona muito bem sozinho, e consegue se bancar de forma muito legal”, pontua.
“La Femme Qui Roule Live Sessions” com shows de Jennifer Souza e Leonardo Marques no Café 104 (praça Rui Barbosa, 104, Centro). nesta quinta-feira (17), às 21h. R$ 20