Zeca Pagodinho se despede da turnê “Vida da Minha Vida”

Raphael Vidigal - Do Hoje em Dia
17/10/2012 às 10:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:18
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

“Não ouço o que há de pior na música brasileira”. É com estas palavras que Zeca Pagodinho exalta o samba, o pagode e o próprio disco, mote da apresentação no Chevrolet Hall nesta sexta-feira, encerrando a turnê de mais um festivo sucesso da carreira do compositor de Xerém.  Mas Zeca também não se fecha ao que há de novo. “Vida da Minha Vida” (2010) compila antigos êxitos, como a canção “Pôxa”, do pouquíssimo gravado Gilson de Souza, redescoberta por Zeca quando este ouvia a rádio Tupi, do Rio de Janeiro, e composições inéditas, entre elas uma homenagem ao neto de Pagodinho – “Orgulho do Vovô”, parceria com Arlindo Cruz.   Elogios Quem recebe o afago sincero e carinhoso de Zeca é a mineira guerreira Clara Nunes e a eterna madrinha do Cacique de Ramos, Beth Carvalho: “São as maiores!”, declara com indisfarçável entusiasmo. A baiana Mariene de Castro também não fica atrás nos elogios: “Que artista bacana, de voz boa, sabe o que faz!”. Por outro lado, Zeca não anda muito preocupado com o que andam dizendo sobre ele, fato notório e comprovado ao se perceber o desconhecimento e descaso ao nome de Joaquim Barbosa, Ministro Relator do Mensalão que referendou o talento do cantor em entrevista: “Quem é este?”, indaga, mas logo se retrata: “Ah, sim, aquele. Muito gente boa! Sou fã dele!”, anima-se, ao estabelecer o elo entre nome e pessoa.    Mineiros Graça que Zeca faz questão de estender aos “amigos mineiros”, diz ele, e envia flores ao radialista Acir Antão, ao inveterado sambista Mestre Affonso e aos compositores Fabinho do Terreiro e Toninho Gerais.  Sobre a polêmica levantada a respeito da música politicamente correta que hoje se pratica nos terreiros tupiniquins, principalmente após a partida dos provocativos e inesquecíveis Bezerra da Silva, Moreira da Silva e Dicró, o músico prefere esquivar-se: “Não me envolvo nessas discussões, música é música, é alegria, vamos cantar!”, desconversa.    Leia mais na edição impressa do Jornal Hoje em Dia desta quarta-feira (17)

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