Zizi Possi exibe 'canções do passado, presente e futuro' no Palácio das Artes

Vanessa Perroni
vperroni@hojeemdia.com.br
03/06/2016 às 17:13.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:44

No show em BH. Zizi Possi irá interpretar músicas, na maioria, inéditas na voz dela, como três canções do “Clube da Esquina”. (Rama de Oliveira/Divulgação)

Em tom sereno, de quem já viu muito na vida e consegue ter um olhar mais gentil sobre o futuro, a cantora Zizi Possi anseia um encontro sincero e amoroso com o público, esta noite, no Palácio das Artes. “Desejo de alguma forma tocar as pessoas e ser tocada também. Que possamos ter um momento de comunhão”, comenta a cantora, que traz a BH um concerto de piano e voz.

Com mais de 35 anos de carreira, Zizi coleciona sucessos – muitos deles presentes no espetáculo de logo mais – para serem cantados em uníssono pela plateia. “Caminhos de Sol, “Asa Morena”, “A Paz” e “Per Amore” são títulos certos no set list.

Mas nem só de passado se baseia o concerto, no qual é acompanhada pelo maestro Jether Garotti Jr. Canções de seu mais recente álbum “Tudo Se Transformou” também entram no repertório. “Tem canções do passado, presente e futuro”, brinca Zizi. 

Ela, que nunca se preocupou com rótulos, afirma que o formato piano e voz tem um DNA diferente. “Há um desafio na transposição para o piano, mas é muito prazeroso, e tudo ganha uma cara singular”, afirma, sem deixar de lembrar que, em 1999, lançou um álbum nesse formato – “Puro Prazer” foi o décimo disco de sua carreira e chegou a concorrer ao Grammy Latino de melhor álbum. “Quase ninguém sabe que esse disco existe. Concorrer ao Grammy foi excepcional. Perdemos para a Shakira. Ela é musa, pode!”, se diverte.

“As pessoas ainda têm muito preconceito, acham que depressão é frescura. Precisamos falar sobre o assunto e acabar com esse tabu”, comenta Zizi Possi sobre novo projeto

Futuro
Paulista de personalidade forte, Zizi revela que está debruçada no projeto de sua vida. Trata-se de um espetáculo dramatúrgico e musical dirigido pelo irmão José Possi Neto. O projeto une textos da própria cantora, do filósofo Nietzsche, do poeta Eduardo Ruiz e da poetisa americana Donna Tartt. “São textos que falam de todo do processo de viver com depressão na atualidade. Vamos mostrar isso de forma profunda e bem humorada”, garante Zizi, que passou quase nove anos lutando para vencer a depressão.

“A gente nunca sai completamente dela. Vivemos em um campo minado, mas aprendemos as estratégias para sobreviver. É preciso falar sobre isso. As pessoas negam que seja uma doença”, acrescenta Zizi, que deu o nome de “Assunto Proibido” para o espetáculo em fase de construção. 

Serviço:
Zizi Possi no Grande Teatro Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537). Sábado (4), às 21h. Plateia I: R$ 140 e R$ 70 (meia); Plateia II: R$ 120 e R$ 60 (meia); Balcão: R$ 100 e R$ 50 (meia)

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