A sintonia demonstrada em campo pelo Cruzeiro foi decisiva para a conquista do tricampeonato brasileiro. Além de surpreender os adversários, o entrosamento tão rápido impressionou. Afinal, não é sempre que um time completamente modificado dá resultado “instantâneo”.

Além da qualidade técnica dos jogadores, a explicação pode estar no banco de reservas. Liderada por Marcelo Oliveira, a parceria com Tico dos Santos, Ageu Gonçalves e Juvenilson de Souza vem de longa data. “Conheço o Marcelo há dez anos e estou trabalhando diretamente com ele há cinco. É o comandante, quem decide, mas dá liberdade para as pessoas da equipe. É um cara tranquilo, um amigo”, descreve o auxiliar Tico dos Santos, de 53 anos.

A convivência teve início no Atlético, quando Tico era auxiliar de Levir Culpi. O treinador deixou o Galo, em 2007, e Tico assumiu interinamente, tendo Marcelo como assistente. O reencontro ocorreu em 2009, no Ipatinga. Desde então, Tico acompanhou o treinador por onde ele passou: Paraná, Coritiba, Vasco e Cruzeiro. No dia a dia, eles dividem as funções, sobretudo quando os grupos de atletas trabalham separadamente, em atividades técnicas e táticas.

O ex-zagueiro Ageu Gonçalves, de 41 anos, é o outro assistente. Ele compôs a comissão de Marcelo, em 2010, no Paraná. Neste ano, retomou a parceria. “É muito fácil trabalhar com o Marcelo”, define Ageu.

A opinião é compartilhada por Juvenilson de Souza, o responsável por fazer a Raposa correr em campo. O preparador físico trabalha com o técnico há quatro anos.