Epamig fecha ano com chave de ouro

Jornal O Norte
20/12/2005 às 10:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:55

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Ano cheio de trabalho na Epamig - Empresa de pesquisa agropecuária. Vários foram os projetos que beneficiaram diretamente o produtor neste ano no Norte de Minas e em Acauã, no Vale do Jequitinhonha. Até um livro está para ser lançado pela empresa, contendo resumo das pesquisas dos últimos cinco anos na qual enfatiza as pesquisas de mais destaque e aplicação por produtores.

A empresa também aposta na produção de mamona e pinhão manso para obtenção de biodiesel; biocombustível capaz de gerar emprego e renda para os pequenos agricultores da região e do Brasil, já que em 2008 cerca de 2% desse combustível serão adicionados ao diesel.




Marco Antônio diz que quer fazer da Epamig


um órgão excelente em pesquisas


Essa produção de combustível vegetal tem chamado a atenção da União Européia que vislumbra implantar essa medida para diminuir a poluição do ar. A produção de umbu, morango e banana resistente à pragas como a sigatoka negra e o mal do panamá também floriram as fazendas experimentais da Epamig.

PARCERIAS

Para Marco Antônio Viana Leite, chefe da Empresa no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, as parcerias foram fundamentais para que os trabalhos fossem realizados, todos eles; desde a parceria no desenvolvimento e disseminação das pesquisas bem como na questão de apoio financeiro oriundo da aprovação dos projetos encaminhados ao Banco do Nordeste, Fapemig - Fundação de amparo à pesquisa ao estado de Minas Gerais, MDA - ministério do Desenvolvimento Agrário, Consórcio de pesquisa do Jaíba entre outros.

Ele lembra que a meta é fazer os trabalhos desenvolvidos pela empresa excelentes. Mostra disso pode ser vista, assinala, na progressão do número de projetos. No ano passado cerca de 28 foram feitos, sendo que neste ano esse número cresceu significantemente, atingindo a casa dos 65.

- Quando cheguei para trabalhar aqui, os funcionários trabalhavam para prestar conta para o governo, mas o grande gargalo é prestar conta para sociedade, já que as pesquisas são elaboradas com base nas necessidades de fazer do estado um dos maiores fruticultores do Brasil. Desde que passamos a trabalhar, focados na sociedade, nosso rendimento tem aumentado gradativamente - diz.

PRODUÇÃO

Os solos das fazendas experimentais são de vários tipos. No Projeto Jaíba há plantações em solo argiloso, arenoso, aluvião, entre outros, que compõem em grande parte as terras de produtores. Mas o ano foi promissor por diversos motivos; um deles é ter elaborado uma demanda de pesquisas baseada nas aptidões dos produtores, o que foi mais um passo importante na visão do chefe que pretende continuar produzindo pesquisas que beneficiem produtor e diretamente a economia da região. Além de ter mobilizado agentes para organização da cadeia produtiva do morango.

No centro tecnológico em Nova Porteirinha ainda estão sendo comercializadas caixinhas de morango ao preço de um real, recurso revestido às pesquisas. Segundo Marco Antônio, a Epamig tem como propósito vender a um preço especial as mudas de morangueiro para os produtores a fim de que eles comecem um plantio da fruta na região como acontece com a uva, a mamona, pinhão manso, umbu, limão entre outras frutas produzidas dentro da área do centro tecnológico.

- Nossa meta é beneficiar a região com o plantio de novas culturas como o morango, a uva entre outras variedades que têm, segundo os nossos pesquisadores, condições climáticas e de solo para a adaptação. Outra estratégia de levar informações aos produtores é por meio de realizações de dias de campo, onde se dão as transferências de tecnologias - afirma.

Pesquisas mostram que para obtenção de frutas de qualidade, um dos pré-requisitos essenciais é a utilização de mudas de alta qualidade genética e sanitária, em local de baixa potencialidade de inóculo de fungos e bactérias que sejam agressivos ao morangueiro. Na produção de mudas de morangueiro, há necessidade de aquisição de plantas matrizes, oriundas de cultura de tecidos vegetais, das variedades que interessa produzir.

BIODIESEL

Um dos projetos de maior alcance no momento, é a produção de oleaginosas, considerado pelos governos federal, estadual e municipal uma alternativa de subsistência para a agricultura familiar no país.

O Norte de Minas que receberá a implantação de uma usina de refinamento do biodiesel em Montes Claros também terá a produção intensificada das oleaginosas na região da Serra Geral, onde os agricultores deram início ao plantio de mamona e pinhão manso no último dia primeiro.

Três outros municípios vão sediar mini-usinas responsáveis pelo esmagamento das sementes das oleaginosas, caso que já está, conforme Marco Antônio acertado com os produtores, poder público, Epamig e Ecodiesel.

Conforme o gerente da Ecodiesel, Júlio Martinez, em entrevista a O Norte, a intenção é intensificar o plantio da mamona na região, porque a empresa quer entrar para valer com abertura da usina esmagadora das sementes da mamona e do pinhão manso na região da Serra. Júlio ainda diz que estão sendo freqüentes as reuniões com sindicatos de produtores rurais.

- Pretendemos expandir as plantações em Teófilo Otoni, tendo passado pela Serra Geral, Norte de Minas, até a fronteira com a Bahia. Acreditamos que será possível beneficiar cerca de 10 mil famílias nessa região.

ECODIESEL

A Ecodiesel tem hoje no Nordeste cerca de 15 mil contratos firmados com produtores, o que é um fator positivo e que deve acontecer com o Norte de Minas.

Dados confirmam que a produção atual não chega sequer a um milhão de litros. A previsão do governo é de que, quando a obrigatoriedade da medida entrar em vigor a demanda possa atingir um bilhão de litros.

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