QUITO - O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, pediu novamente ao Reino Unido que dê um salvo-conduto ao fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, a quem Quito concedeu asilo diplomático em agosto, segundo uma declaração divulgada nesta quinta-feira (6). "Hoje pedimos que a Inglaterra respeite a decisão equatoriana, e conceda o respectivo salvo-conduto para acabar com o impasse e para que protejamos sua vida, que corre sério risco", ressaltou o ministro ao se referir a Assange. Assange recebeu asilo no dia 16 de agosto, depois de ter entrado na embaixada de Quito em Londres em 19 de junho para evitar sua extradição à Suécia, onde a justiça quer interrogá-lo por supostos crimes sexuais que ele nega ter cometido. O australiano, de 41 anos, teme que seu envio à Suécia seja apenas um pretexto para que seja extraditado depois para os Estados Unidos, onde, segundo ele, poderá ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte por ter divulgado em seu site 250.000 comunicações diplomáticas americanas.