As equipes de resgate em terra retomaram nas primeiras horas desta quarta-feira (25) as buscas pelos restos do avião da Germanwings, que caiu ontem nos Alpes franceses quando fazia o trajeto entre Barcelona e Düsseldorf.
O movimento de veículos intensificou-se a partir das 7h (2h em Brasília), assim que o sol nasceu na localidade de Seyne-les-Alpes, a poucos quilômetros do lugar do acidente e onde se encontram os serviços de resgate.
O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, indicou que, neste momento, as equipes preparam o terreno para helicópteros possam aterrisar e pousar nas proximidades e dar início aos voos de busca.
Uma equipe de gendarmes (polícia militarizada) retomou a rota a pé até ao local, depois de, durante a noite, terem sido obrigados a parar devido à neve. As autoridades consideram serem baixas as probabilidades de algum dos ocupantes do avião ser encontrado com vida. As equipes de resgate tentam abrir caminho até a área onde se encontram, quase pulverizados, os restos do Airbus A320.
As autoridades francesas organizaram serviço de apoio em Seyne-les-Alpes para acolher familiares das vítimas que queiram deslocar-se até a região.
Para hoje está prevista também a chegada ao local do Presidente francês, François Hollande, da chanceler alemã, Angela Merkel, e do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
Identificados 49 espanhóis que estavam no avião da Germanwings
O governo da Espanha informou que identificou 49 vítimas espanholas do acidente com o avião da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses na terça-feira. As identificações foram feitas com base em informações das famílias e da lista de passageiros. Mas o funcionário do Ministério do Interior Francisco Martinez disse que o dado é provisório e pode mudar.
A polícia disse ter coletado amostras de DNA de parentes das vítimas espanholas para ajudar na identificação. Uma porta-voz policial declarou nesta quarta-feira que havia coletado 48 amostras e que mais recolhidas.
As amostras, que serão enviadas para autoridades francesas, foram coletadas no aeroporto El Prat, em Barcelona, e em hotéis onde as famílias estão instaladas.
Minuto de silêncio
Executivos, pilotos e funcionários da companhia aérea Lufthansa fizeram um momento de silêncio na sede da empresa pelas 150 vítimas da queda do A320 da Germanwings.
O executivo-chefe da Lufthansa, Carsten Spohr, que é piloto, disse se tratar de "um momento muito emocional" e que a principal prioridade da empresa é ajudar os parentes das vítimas "É inexplicável para nós que uma aeronave em boas condições mecânicas, com dois pilotos experientes, treinados pela Lufthansa, possa ter sofrido tal tragédia numa altitude de cruzeiro". A Germanwings é a subsidiária de baixo custo da Lufthansa.
(*) Com agências internacionais