(Antônio Cruz/Abr)
Independentemente do volume de recursos, a campanha do ano que vem em Minas Gerais tem o clima da imprevisibilidade. Pelo menos é a constatação do cientista político e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paulo Roberto Figueira Leal. “O quadro se assemelha às eleições presidenciais de 1989, com 22 candidatos. Vai haver uma pulverização muito grande em Minas”, alerta.
De fato, os partidos começam a se movimentar buscando nomes para a sucessão do governador Fernando Pimentel (PT). A presidente do PT estadual, Cida de Jesus, garante que a legenda já fechou questão em torno da reeleição do governador. “O nome dele está consolidado e com a aprovação de todos os partidos da base aliada”, declarou.
Também articula candidatura o ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Não estão descartados ainda nomes dos prefeitos de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), e de Betim, Vitorio Mediolli (PHS). Há também a possibilidade de o PMDB lançar candidato, caso desligue-se de Pimentel.
Já o PSOL, embalado pela votação expressiva da vereadora Áurea Carolina em Belo Horizonte, quer levar a fórmula ao Executivo estadual. “Já começamos o diálogo pela base e as discussões em torno de uma frente de esquerda”, avaliou a vice-presidente estadual do partido, Kátia Sales.
De olho num palanque para seu eventual candidato ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, o PDT também já trabalha para ter candidato ao governo mineiro. “Podemos até ser vice em alguma coligação, desde que a chapa apoie o nome de Ciro como presidente”, revelou o presidente do partido em Minas, deputado federal Mário Heringer. Já os tucanos, conforme o deputado Marcus Pestana, ainda consideram cedo falar em candidaturas, mas, nos bastidores, devem lançar um nome.