Especialistas preveem elevação maior do mar neste século

AFP
22/06/2012 às 19:39.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:02
 (Arquivo)

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  Um comitê de especialistas avaliou as últimas estimativas da ONU e as atualizou com novos dados sobre o derretimento da calota polar, que se acredita esteja acelerando o aumento do nível do mar em todo o mundo.     Em 2100, o NRC avalia que o nível do mar aumentará entre 50 e 140 centímetros.     A projeção de 2007 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da ONU, indicava de 18 a 59 centímetros em todo o mundo.     Os investigadores disseram que a estimativa abrange um espectro amplo pela incerteza crescente sobre as projeções do nível do mar.     No curto prazo, o NRC previu uma alta do nível do mar global de 8 a 23 centímetros até 2030 (acima do nível de 2000) e de 18 a 48 centímetros até 2050.     O comitê de especialistas foi convocado no estado da Califórnia (oeste), que busca avaliar o nível do mar com a finalidade de prever o impacto em seu território e fazer as primeiras previsões detalhadas para a Costa Oeste americana.     O NRC descobriu que está previsto que o nível do mar aumente mais rápido do que as estimativas globais em grande parte do sul da Califórnia devido à erosão do solo e, por conseguinte, da costa.     Mas a parte norte da Califórnia, assim como a costa dos estados de Oregon e Washington (noroeste), poderiam sofrer um impacto menor do que o resto do mundo devido a que movimentos nas placas tectônicas estão fazendo com que a costa desta região suba,  disse.     "Nesta região, a placa tectônica oceânica desce por baixo da placa continental na Zona de Subdução de Cascadia, empurrando a costa para cima", informou.     Espera-se que eventos climáticos mais severos acompanhem o aumento do nível do mar e um grande terremoto no norte da Califórnia poderia causar um aumento repentino do nível do mar de um metro ou mais, segundo o informe.     Robert Dalrymple, presidente do comitê de especialistas e professor de engenharia da Universidade Johns Hopkins, disse que "com a elevação do nível médio do mar, espera-se que aumentem o número e a duração das tempestades extremas e das marés altas,  e isto aumenta o risco de inundações, erosão costeira e perda de alagadiços".     O estudo do NRC foi patrocinado conjuntamente pelos estados de Califórnia, Washington e Oregon, o Corpo de Engenheiros do Exército americano, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

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