O confronto deste domingo (24) entre Cruzeiro e América, às 16h, no Mineirão, que define o segundo finalista do Campeonato Mineiro, tem um contorno histórico para os dois lados. A diferença é que para os cruzeirenses, o viés é de vexame. Do lado americano, a esperança é por uma façanha inédita.
Considerando-se os anos em que o Estadual teve finais, como acontecerá nos dias 1º e 8 de maio, o Cruzeiro não fica de fora da decisão do título mineiro, por dois anos consecutivos, desde as temporadas de 1957 e 1958.
Nos dois anos, o regulamento do Campeonato Mineiro foi idêntico. Eram disputados dois turnos. Se um mesmo time ganhasse ambos, era campeão estadual. No caso de cada equipe vencer uma etapa, elas disputariam o título.
Em 1957, Democrata, de Sete Lagoas, e América, ganharam o primeiro e segundo turnos, respectivamente. E foram para a decisão numa final em melhor de três, com o Coelho levantando a taça.
No ano seguinte, novamente o Cruzeiro ficou pelo caminho. Com o Atlético campeão do turno, e o América, do returno, assistiu aos dois rivais decidirem o título mineiro de 1958, que foi para Lourdes.
Sem considerar finais, a última vez em que o Cruzeiro ficou dois anos consecutivos sem ocupar uma das duas primeiras posições do Campeonato Mineiro foi nas edições de 1963 e 1964, as duas últimas antes da inauguração do Mineirão.
Nas duas temporadas, Atlético e Siderúrgica, de Sabará, conquistaram a taça em competições disputadas no sistema de pontos corridos.
Não se pode considerar os anos de 2001 e 2002, pois no último, o Cruzeiro, assim como América, Atlético e Mamoré, não participaram do Campeonato Mineiro, conquistado pela Caldense, pois no período disputavam a Copa Sul-Minas.
Se para o Cruzeiro decidir o Estadual é uma rotina, para o América, é raridade. E na fórmula atual, que passou a ser adotada em 2004, o Coelho nunca foi campeão. O máximo que conseguiu foi um vice-campeonato, em 2012, quando perdeu o título para o Atlético.
A última taça foi conquistada em 2001, também numa final contra o Galo.
Portanto, se classificar significa para o América manter viva a chance de quebrar um tabu de 15 anos sem levantar a taça do Campeonato Mineiro. E de conquistar a competição pela primeira vez, no formato atual.