(Renato Cobucci)
Foram necessários 45 anos – entre a inauguração, em 1965, até o fechamento, em 2010 – para que o Mineirão passasse por uma reforma significativa. Nesse período, aconteceram apenas ações de manutenção e melhoria, como a instalação das cadeiras na arquibancada superior, em 2004, e a troca do gramado, em 1995/96.
O estádio estava muito castigado, mas como sua fachada é tombada como Patrimônio Histórico municipal e as estruturas não estavam seriamente comprometidas, foi possível aproveitar boa parte do que havia.
Assim, a modernização do Mineirão foi dividida em três etapas, já que os dois estádios alternativos, Independência e Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, não haviam ficado prontos a tempo.
A primeira fase, de limpeza e correção parcial da fachada e da parte externa da laje, começou em janeiro de 2010 e terminou em julho do mesmo ano. Neste período, o estádio permaneceu aberto para jogos.
A última partida no Mineirão foi a derrota, por 1 a 0, do Atlético para a Ceará, em 6 de junho, pela 7ª rodada do Brasileirão. No mês seguinte, começou a segunda etapa, que consistia em rebaixar o gramado em 3,4 metros e demolir as arquibancadas inferiores, trabalho que acabou em dezembro daquele ano.
Durante 2010, o Governo do Estado trabalhou no edital da Parceria Público-Privada (PPP) da terceira etapa de obras, que seria a intervenção avaliada em R$ 652 milhões. Essa fase começou em janeiro do ano passado e deve terminar nesta sexta-feira (21).
Novo estádio
Nos dois últimos anos, o Mineirão foi completamente reconfigurado interna e externamente. Do lado de dentro permaneceram as arquibancadas superiores e os corredores laterais. Do lado de fora, apenas a fachada, com os 88 pórticos.
Muitas foram as alterações internamente. A capacidade de público caiu para 62.160, e áreas VIP e camarotes foram criados (veja página 4). As cadeiras que haviam sido instaladas há seis anos foram retiradas e doadas a estádios do interior. l