Ação de segurança nos Jogos é bem-sucedida, avalia governo

Folhapress
21/08/2016 às 22:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:29

(Divulgação/SECOM)

Quando o queniano Eliud Kipchoge atravessou a linha de chegada da maratona e garantiu o primeiro lugar, na manhã deste domingo (21), os responsáveis pela segurança da Olimpíada se olharam com uma sensação de alívio.

Apesar de ainda faltar a realização da cerimônia de encerramento, as autoridades consideravam ter passado pelo pior -desde o início do planejamento, a tragédia da maratona de Boston (2013), em que três pessoas morreram e 264 ficaram feridas, era referência.

Por toda a tarde de domingo, os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e da Defesa, Raul Jungmann, estiveram reunidos com o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame e representantes de outras agências para avaliar o evento.

Apesar das dificuldades e de falhas como a indefinição inicial dos responsáveis pela revista de público na entrada das arenas, o balanço foi positivo: não houve ataque terrorista, e os oficiais dizem que as dez prisões de suspeitos feitas antes dos Jogos foram essenciais para isso.

A cerimônia de encerramento aconteceria após a conclusão deste texto, mas não era considerada um dos eventos de grande risco.

Nenhum turista havia sido morto até a tarde deste domingo, o que foi considerado um sinal de que funcionou a orientação para que não se afastassem das áreas olímpicas.

Esses dois pontos são vistos pelos órgãos de segurança como suficientes para que a Rio-2016 seja considerada bem-sucedida na área.

Também foram consideradas positivas as investigações da Polícia Civil no caso da quadrilha internacional de cambistas, que resultou na prisão do irlandês Patrick Hickey, integrante do COI, e a elucidação em cinco dias da mentira contada pelo nadador Ryan Lochte.

A montagem do que o Ministério da Defesa chamou de "maior esquema de segurança do país" -85 mil homens, sendo 49.845 no Rio- não evitou episódios de violência na cidade, no entanto.

O soldado Hélio Vieira, da Força Nacional, morreu ao ser baleado por traficantes da Vila do João, após o veículo em que estava entrar na favela por engano.

Como reação, as polícias do Estado fizeram duas operações no local que terminaram com sete mortos -que a Polícia Civil afirma serem suspeitos de tráfico-, mas os responsáveis pelo ataque não foram presos.

Dois ônibus, um de jornalistas e outro da Força Nacional, tiveram as janelas estilhaçadas por pedradas ao passarem pela Transolímpica, via que liga Deodoro à Barra da Tijuca. Três policiais ficaram feridos.

Duas balas perdidas foram encontradas no Parque Olímpico de Deodoro. Desde junho, os militares se desentendem com traficantes locais.

Ao menos duas delegações -a australiana e a britânica- relataram assaltos a integrantes de seus times, mas não deram mais informações sobre as circunstâncias.

O mesmo aconteceu com turistas: entre o dia da abertura (5) e quarta (17), 113 estrangeiros foram vítimas de furtos e assaltos, principalmente na Barra e na zona sul.

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