O sonho continua vivo. Com uma vitória dramática, por 1 a 0, o América manteve vivas a esperança de conseguir o acesso à Série A ao superar o Paraná, na Vila Capanema, casa do adversário. O duelo desta terça-feira (1º) mostrou um Coelho combativo, que conseguiu superar a força do adversário nos seus domínios, e foi premiado com o gol de Bady, ainda no primeiro tempo. A vitória pela contagem mínima faz com que o clube mineiro chegue aos 39 pontos, ocupando a oitava posição na tabela, ficando quatro atrás do Sport, último clube do G-4. O Paraná, terceiro colocado, permanece com 45. O Coelho seguirá jogando fora de seus domínios na próxima rodada. No sábado (5), às 21 horas, o América encara o Bragantino, no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Quem sabe não vem a segunda vitória consecutiva “nos embalos de sábado à noite”. Combativo Oscilante na tabela, o América queria recuperar suas forças para ainda brigar pelo G-4 da Série B. O problema é que o duelo desta quarta apresentava um forte Paraná Clube, que tinha como principal trunfo a pressão massiva de seus torcedores na “acanhada” Vila Capanema. Esse clima de caldeirão foi útil aos paranistas nos mais tensos duelos durante a caminhada e prometia ser decisivo nesta noite, já que o time mineiro ainda tentava se descobrir e frequentemente mostrava queda de confiança. Eram os ingredientes certos para uma noite de festa dos donos da casa. Porém, o Coelho surpreendeu e apresentou uma postura organizada, dominando as ações no primeiro tempo. Bem postado atrás e apostando nos contra-golpes, os comandados de Silas tomaram as rédeas da partida no primeiro tempo. Nos dez primeiros minutos, o Paraná pouco passou da linha divisória do gramado. E essa pressão surtiu o efeito esperado logo cedo, na sexta volta do relógio, quando uma rápida ofensiva pela direita foi cortada pela zaga tricolor na entrada da pequena área. Para azar da defesa paranista, a bola caiu nos pés de Bady, que teve toda a tranquilidade do mundo para escolher o canto e balançar a rede. 1 a 0. O Paraná tentava imprimir sua força como mandante, mas só assustava quando a zaga do Coelho batia cabeça, como aos 15 minutos, quando Jaílton furou ao tentar afastar a pelota e quase complicou Matheus. O arqueiro, por sinal, só aparecia quando saía do gol para afastar as bolas alçadas na área e, assim, não fez nenhuma grande defesa na primeira etapa. O Coelho, por sua vez, perdeu grandes oportunidades de ampliar o marcador. Faltava capricho na conclusão, como aos 29 minutos, quando Nikão recebeu livre, tirou do goleiro, mas parou na trave. Para se ter uma ideia, o Coelho finalizou em 11 oportunidades, contra cinco do adversário. Essa ampla diferença mostrou, afinal, que o América não era favas contadas, como acreditava o arqueiro paranista, Luis Carlos, que na saída para o vestiário deu entrevista afirmando que imaginava outro panorama para o primeiro tempo. “Nosso time achou que ia ser fácil e demos espaço para o adversário”, disse o camisa 1, que viu que a partida não seria tão simples como se previa. Drama Se o Paraná entrou “relaxado” nos 45 minutos iniciais, na etapa complementar a história foi diferente. No prejuízo, os donos da casa queriam o empate a qualquer custo, e imprimiram uma forte pressão desde o primeiro rolar da bola. Pensando em administrar o resultado, o Coelho fechou suas linhas e passou a atacar somente “na boa”. Ainda assim, levava perigo, como aos sete minutos, quando Wéverton recebeu na pequena área, mas pegou mal na bola e a mandou para longe do gol defendido por Luis Carlos. Que pecado! Porém, a chuva começou a cair com força, fazendo com que a pressão paranista, que prometia ser a tônica da etapa final, se confirmasse. A situação ficou ainda mais complicada aos 35 minutos, quando Victor Hugo, que já estava amarelado, cometesse uma falta boba na lateral e fosse para o chuveiro mais cedo. Com um a menos, o América passou a se defender como podia. E conseguiu, na base da raça e do chutão. Superar o Paraná na Vila Capanema não é das tarefas mais fáceis, já que a pressão constante faz uma grande diferença nesse tipo de jogo aguerrido. E o América fez por merecer a vitória. Foi guerreiro e mostrou que está vivo na briga pelo acesso. FICHA TÉCNICA PARANÁ 0 X 1 AMÉRICA PARANÁ: Luis Carlos; Moacir, Brinner, Alex Alves, Paulinho; Ricardo Conceição, Edson Sitta (Roniery), Wellington (Lúcio Flávio); Léo (JJ Morales), Felipe Amorim e Paulo Sérgio. Técnico: Dado Cavalcanti AMÉRICA: Matheus; Elsinho, Jaílton, Victor Hugo, Danilo; Leandro Ferreira, Andrei Girotto, Bady (César Lucena), Nikão (Fábio Júnior); Willians e Wéverton (Juninho). Técnico: Silas Gol: Bady (aos 6' do 1º tempo) Motivo: Jogo válido pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro Data: 1º de outubro de 2013 Estádio: Vila Capanema Cidade: Curitiba (PR) Árbitro: Jânio Pires Gonçalves Árbitros assistentes: Evandro Gomes Ferreira e Bruno Raphael Pires Cartões amarelos: Andrey, Leandro Ferreira, Matheus e Jaílton (América) Roniery e Wellington (Paraná) Cartão vermelho: Vitor Hugo (América)