SÓCHI (Rússia) - Com todas as paletas de cores do arco-íris, a simpática pintora oferece o desenho da bandeira de qualquer país na bochecha. Quando é perguntada se tinha a do Brasil, o espanto só não foi maior que os alemães que haviam acabado de recusar o serviço. Em Sóchi, é dia de Alemanha x Suécia, mas também é o local que faz lembrar o 7 a 1 e uma possível vingança já em 2018.
Mas a segunda parte não entra na cabeça do casal Jurgen e Martina. Presentes no sul da Rússia para torcer pela recuperação germânica, eles acreditam que o duelo contra a Seleção Brasileira tem grandes chances de se repetir já nas oitavas de final da Copa do Mundo. E, mesmo as duas seleções em momentos tão distintos, brincam:
"Nossa expectativa, naturalmente, é que os times sempre evoluam. Não fomos bem contra o México, mas se em 2014 vencemos o Brasil de 7 a 1, eu espero que seja ao menos um 8 a 0 num novo jogo. Talvez um 7 a 0 também serviria", diz Jurgen.
Na rodada inicial, a Alemanha foi surpreendida por um aguerrido México. Gol fatal de contra-ataque que transforma este jogo diante da Suécia, às 15h de Brasília, em vida ou morte. Para Martina, os comandados de Joachim Löw entraram com o "nariz em pé" na estreia e tomaram um choque de realidade.
Se os germânicos perderem para os suecos logo mais, cairão na maldição que ronda os campeões mundiais desde 1998. França, Itália e Espanha ficaram pelo caminho na fase de grupos na edição seguida do título. Só o Brasil, em 2006, conseguiu escapar.
Em caso de vitória da Alemanha, então haverá luz no fim do túnel e até mesmo um empate contra a Coréia do Sul na última rodada serviria. Mas tudo vai depender, também, justamente do que México e os asiáticos irão fazer no confronto entre ambos, também neste sábado, às 12h de Brasília.