(Fifa/Divulgação)
Um ensaio geral sem a presença dos atores principais e com holofotes apagados. Assim pode ser resumida a Copa das Confederações de 2017, disputada a partir de amanhã na Rússia.
Principal teste para a Copa de 2018, o torneio realizado em quatro das 12 cidades-sede conta com apenas uma seleção já classificada para a maior competição do mundo. Mas isso não quer dizer muito, pois trata-se da própria Rússia, cujas vagas nos dois eventos são garantidas pela condição de país anfitrião (veja o quadro abaixo).
Única campeã mundial dentre as oito seleções participantes, a Alemanha desembarcou em Moscou nesta quinta-feira (15) com um elenco formado exclusivamente por reservas, em sua maioria, de até 25 anos de idade. O time principal ganhou férias e ainda está focado em confirmar a classificação à Copa de 2018 via Eliminatórias Europeias.
Também candidatos ao título, Chile e Portugal vivem situação mais delicada. O time de Arturo Vidal e Alexis Sánchez faz campanha irregular e ocupa apenas a quarta colocação nas Eliminatórias Sul-Americanas. Já a equipe de Cristiano Ronaldo é a segunda colocada do Grupo B na Europa e, se mantido este cenário, disputará a repescagem.
Maior campeão da história do torneio, o Brasil está de fora pela primeira vez desde 1997, quando foram adotados os atuais nome e formato de disputa. Curiosamente, o time canarinho é o único já classificado para a Copa do Mundo dentre os candidatos ao título em 2018, ao lado de Rússia e Irã.
Participam desta edição da Copa das Confederações a Rússia (país-sede), a Alemanha (campeã da Copa do Mundo de 2014), Portugal (campeão da Eurocopa de 2016), o Chile (campeão da Copa América de 2015), o México (campeão da Copa Ouro da Concacaf de 2015), Camarões (campeão da Copa das Nações Africanas 2017), a Austrália (campeã da Copa da Ásia de 2015) e a Nova Zelândia (campeão da Copa das Nações da Oceania de 2016).
Competição ameaçada
Individualmente, a Copa das Confederações também se mostra esvaziada de estrelas. Todas as atenções estarão voltadas para o português Cristiano Ronaldo, motivado pelo objetivo de buscar mais um título internacional e confirmar o quinto prêmio de Melhor Jogador do Mundo, igualando-se assim ao argentino Lionel Messi.
A ausência de grandes seleções e craques faz desta edição do torneio um fracasso comercial. Só cerca de 70% dos ingressos foram vendidos, sendo que apenas a partida entre Rússia e Portugal teve as entradas esgotadas antes da abertura.
Por esses e outros motivos, a Fifa estuda extinguir a competição. Já em 2021, a Copa do Mundo Sub-20 ou o Mundial de Clubes devem substituir a Copa das Confederações no calendário da entidade.
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