Os técnicos Deivid, do Cruzeiro, e Givanildo Oliveira, do América, não escondem: o clássico do próximo domingo, às 17h, no Mineirão, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro, vale muito para os dois.
Afinal, se por um lado o Coelho, de volta à elite do futebol nacional após cinco anos, encara o confronto como “prévia” do que irá encontrar na Série A deste ano, por outro, a China Azul aguarda uma apresentação convincente da equipe celeste na temporada.
E pelo histórico dos confrontos entre os dois times no Mineiro, considerando só os anos nos quais ambos disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro, como neste ano, a torcida do Cruzeiro tem motivos para se entusiasmar.
Em 39 partidas, a Raposa levou a melhor 19 vezes. Foram contabilizados, ainda, 11 empates e nove vitórias do Coelho.
Na era dos pontos corridos, a partir de 2003, essa “prévia” no Estadual ocorreu uma vez, em 2011. Na oportunidade, o Cruzeiro venceu por 3 a 2, no Melão, em Varginha. Thiago Ribeiro, hoje no Atlético, o zagueiro Léo e o meia Montillo marcaram para a equipe estrelada. Leandro Ferreira, duas vezes, descontou para o Coelho.
Outra realidade
Se o retrospecto do Cruzeiro é positivo no clássico, para domingo os atletas esperam uma realidade diferente. Na temporada 2016, a Raposa disputou seis partidas oficiais, sendo quatro pelo Mineiro e duas pela Copa Sul-Minas-Rio. São três vitórias, dois empates e uma derrota.
Diante do Coelho, o time será testado por um rival da elite brasileira. Por isso, os jogadores não esperam facilidade no duelo. Ainda mais em um momento que a equipe vive pressionada pela torcida.
“É claro que o torcedor quer ver gols, uma partida bonita, o time jogando bem, vencendo e convencendo. Estamos vencendo por um go de diferença, mas perdendo muitas oportunidades. Se tivéssemos vencido por placares maiores a situação seria totalmente diferente”, analisa o volante Henrique.
Jogo aberto
Assim como o Cruzeiro, o América terá mais um teste contra times da Série A. Pela Copa Sul-Minas-Rio, a equipe venceu o Figueirense, por 1 a 0, e perdeu para o Flamengo pelo mesmo placar.
“Não que as equipes do interior mineiro não possuem tanta qualidade, mas são estilos de jogo diferentes e precisamos ficar trocando a chave. Vejo muita importância nos jogos contra Flamengo, Cruzeiro e Atlético, na Sul-Minas-Rio. É o que a gente vai encontrar durante o ano e temos que nos acostumar”, opina o lateral esquerdo Danilo, que espera um jogo aberto no domingo.
“O Cruzeiro tem tudo para fazer uma partida aberta. E é aí que nosso time se encaixa mais, pois tem mais qualidade na posse de bola”, avalia o camisa 6.