LIBERTADORES

Parceria pai-filho e viagem após quase 30 anos: americanos vivem o ‘sonho da Libertadores’

Lucas Borges
@lucaslborges91Enviado especial
01/03/2022 às 16:01.
Atualizado em 01/03/2022 às 16:03
Da esquerda pra direita, os torcedores Lucas, Francisco e Marrone estão na capital paraguaia torcendo pela classificação do América. (Lucas Borges)

Da esquerda pra direita, os torcedores Lucas, Francisco e Marrone estão na capital paraguaia torcendo pela classificação do América. (Lucas Borges)

A disputa da primeira competição internacional da centenária história do América vem causando emoções inéditas aos torcedores do Coelho que vivem este momento especial do clube. 

Nas ruas de Assunção, no Paraguai, local do duelo entre o Alviverde e o Guaraní-PAR, nesta quarta-feira (2), às 19h15, no estádio Defensores del Chaco, pela segunda fase Copa Libertadores, os americanos já marcam presença.

É o caso do estudante Lucas Alves de Almeida, de 23 anos, que veio à capital paraguaia com seu pai para acompanhar o primeiro jogo oficial do Coelho no exterior.

“É inimaginável (ver o Coelho na Libertadores). Já vivemos momentos do América, sendo rebaixado no Mineiro, mais recentemente que imaginávamos que as coisas iriam para frente, contra São Bento (perdeu o acesso na Série B 2019) e Fluminense (rebaixado no Brasileirão 2018). Esse momento é a realização de um sonho”. 

A possibilidade de desfrutar esse momento ao lado de uma pessoa tão importante também é destacada por Lucas, que, como não poderia ser diferente, é só otimismo para a partida. 

“Viver isso ao lado do meu pai é ainda mais especial. Ele é o cara que me fez americano. Então, estar aqui com ele é mais especial ainda. Palpite para amanhã é 2 a 0, vamos classificar sem os pênaltis, mas também sem muito luxo”, projetou o torcedor.

Com meio século de devoção ao Alviverde, o engenheiro Francisco Almeida, de 60 anos, endossa o discurso do filho. 

“Sou americano há 50 anos, que eu me lembre. No Independência, foi uma tristeza, porque jogamos muito melhor do que o Guaraní- PAR, amassamos o time deles o tempo inteiro e tomamos o gol aos 90 minutos. Foi triste, mas acho que somos superiores a eles e vamos ganhar aqui de 3 a 0”. 

Pé na estrada
Junto à família Almeida estava Marcone Félix Lopes, de 53 anos, que, após ver a família declinar seu convite, veio sozinho ao Paraguai.

Após se confraternizar em um restaurante de Assunção com Lucas e Francisco, que conheceu justamente nesta viagem, Marcone fala da emoção de vivenciar essa importante página da história americana.

O bancário também relembra a última oportunidade em que tinha visto o Coelho jogar fora da capital mineira.

“O sentimento de estar aqui vendo o América está batendo forte. A última vez em que eu tinha saído de Belo Horizonte acompanhar o América havia sido em 1993, em Governador Valadares, contra o Democrata-GV, no título do Campeonato Mineiro. De lá para cá eu não tinha viajado, mas dessa vez bateu mais forte. Chamei meu pai, esposa e filho, mas ninguém quis vir. Aí pensei: dessa vez eu vou e lá vou encontrar com os americanos também”. 
Sobre o palpite para o placar no Defensores del Chaco, Félix é outro que esbanja confiança.

“A esperança (da classificação) é grande. O time está muito bem, o América é superior ao Guaraní, dá para vencer, e com uma grande vantagem”. 

Derrotado no jogo de ida por 1 a 0 em casa, o América precisa vencer por pelo menos dois gols de diferença para garantir a vaga na próxima fase no tempo normal. Um triunfo do Coelho por um gol de diferença levará a decisão para a disputa de pênaltis.

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