Aos 72 anos, morre ex-capitão da Seleção de 70, Carlos Alberto Torres

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
25/10/2016 às 12:35.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:22

(Reprodução/ CBF)

Aos 72 anos, o capitão mais marcante da história da Seleção Brasileira, o ex-lateral-direito Carlos Alberto Torres, morreu de infarto na manhã desta terça-feira (25), no Rio de Janeiro, onde morava e trabalhava, como comentarista do canal de esportes SporTV, onde participava do programa Troca de Passes.

Ele foi o último jogador a erguer a Jules Rimet, pois com a conquista do tricampeonato em 1970, no México, o Brasil assegurou a sua posse definitiva e ela não esteve mais em disputa.

Revelado nas categorias de base do Fluminense, Carlos Alberto teve como primeiro marcado o pai, que não aceitava a escolha do filho que sonhava em ser jogador de futebol. Apesar de ser uma cria das Laranjeiras, ele ganhou fama e respeito vestindo a camisa do Santos, clube que defendeu entre 1964 e 1970, conquistando vários títulos numa equipe que tinha como referência maior Pelé. Depois de uma breve passagem pelo Botafogo em 1971, voltou à Vila Belmiro, onde permaneceu até 1974.

Quando Francisco Horta montou a chamada “Máquina Tricolor”, um dos maiores times da história do Fluminense, na metade dos anos 70, ele retornou às Laranjeiras. Foi bicampeão carioca, em 1975 e 1976, e no ano seguinte se transferiu para o rival Flamengo, onde ficou apenas uma temporada.

Entre 1978 e 1982, quando encerrou a carreira, Carlos Alberto Torres fez parte do projeto de tentativa de lançamento do futebol nos Estados Unidos e defendeu o Cosmos, time que teve outros craques geniais como Pelé e Beckenbauer.

Em 1983, inicou a carreira de treinador e levou o Flamengo ao título do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, Carlos Alberto Torres foi campeão carioca comandando o Fluminense. O Botafogo, terceiro time que ele defendeu no Rio de Janeiro, era comandado por ele na conquista da Copa Conmebol de 1993.

Em Minas Gerais, Carlos Alberto Torres trabalhou no Atlético. Ele dirigiu o clube durante o Campeonato Brasileiro e a Copa Conmebol de 1998, mas sem alcançar muito sucesso.

Seu último clube foi o Paysandu, de Belém-PA, em 2005. Depois disso, ele passou a participar de eventos e desde 2014 integrava o quadro de comentaristas do SporTV, onde ele fez parte do programa “É campeão”, exibido durante a Copa do Mundo do Brasil e que contava apenas com ex-jogadores que já tinham erguido a Copa do Mundo.

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