(FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)
O ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Carlos Arthur Nuzman deixou, na tarde desta sexta-feira (20), a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde cumpria prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que recebeu a documentação da Justiça referente ao habeas corpus concedido a Nuzman. A decisão judicial foi cumprida imediatamente, e o interno foi solto nesta tarde, diz o comunicado.
Na quinta-feira (19), em julgamento de um habeas corpus, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) colocou em prisão domiciliar o ex-dirigente do COB.
Nuzman vira réu
No mesmo dia em que recebeu habeas corpus do STJ determinando sua ida para o regime de prisão domiciliar, Nuzman virou réu com o ex-governador Sérgio Cabral. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, pelo juiz Marcelo Bretas, em processo resultante da Operação Unfair Play, que investiga o pagamento de propina pelo direito do Brasil de sediar os Jogos Olímpicos de 2016.
Prisão
Carlos Arthur Nuzman e o diretor-geral do Comitê Organizador Rio 2016, Leonardo Gryner, foram presos, em casa, pela Polícia Federal, no dia 5 deste mês. Os dois são investigados por envolvimento em um suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI) para que o Rio de Janeiro fosse escolhido sede dos Jogos Olímpicos.
De acordo com o Ministério Público Federal, a prisão temporária de Nuzman e Gryner é importante para permitir que o patrimônio seja bloqueado e impedir que ambos continuem atuando, seja criminosamente, seja na interferência da produção probatória. Nuzman foi preso em casa, no Alto Leblon, zona sul do Rio.
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