Do sábado de Carnaval, quando ainda era interino, pois Oswaldo de Oliveira tinha sido demitido no dia anterior, ao Domingo de Páscoa, quando começa a decidir o Campeonato Mineiro diante do Cruzeiro, a Quaresma do técnico atleticano Thiago Larghi foi marcada pela pressão e incerteza, pois até hoje ele ainda não foi efetivado no cargo.
“Para nós, hoje ele é o nosso técnico. A interinidade está dentro dos treinadores do Brasil. Quero que você me fale um treinador que não é interino. Então a gente não tem necessidade nenhuma de anunciar. Ele é funcionário do clube. Nós estamos extremamente felizes com o trabalho. Não temos necessidade de mudar a consciência do que estamos querendo. Ele está fazendo um ótimo trabalho”, declarou o diretor de futebol alvinegro Alexandre Gallo,ao Globoesporte.com, na última terça-feira (26).
A declaração que fala que sim, mas também que não, é o resumo perfeito do que Thiago Larghi vive desde o sábado de Carnaval, quando o time comandado por ele foi derrotado por 2 a 1, de virada, pela Caldense, dentro do Independência, aumentando ainda mais a crise atleticana que era grande naquele momento, apesar de a temporada ter menos de um mês.
Com serenidade, Thiago Larghi está sabendo conviver com a situação. Ele já é o interino com a maior sequência de jogos pelo clube neste século. Além disso, nas suas entrevistas, trata a situação sem ansiedade.
Agora, a decisão do Campeonato Mineiro aparece como a possibilidade de um marco para a curta carreira do jovem treinador atleticano. E para isso, ele terá de superar neste domingo (1º), quando começa a decidir o Estadual diante do Cruzeiro, às 16h, no Independência, o seu maior trauma no comando do Galo, que é justamente o Horto.
Nas suas 12 partidas sob o comando de Thiago Larghi, o Atlético perdeu três vezes. E todas no Independência e em momentos importantes. Além da derrota para a Caldense na estreia, o Galo perdeu sua invencibildiade na Copa do Brasil na nova arena do Horto, reinaugurada em 2012, com os 2 a 1 aplicados pelo Figueirense, em 14 de março, no jogo de volta da terceira fase. Menos mal, que nos pênaltis a vaga foi assegurada.
Antes disso, em 4 de março, o Atlético tinha perdido o clássico contra o Cruzeiro, pela fase classificatória do Campeonato Mineiro.
Agora, Thiago Larghi encara seu maior desafio na curta carreira de treinador, mesmo que ainda seja um interino. Como o Cruzeiro carrega a vantagem de dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols, vencer neste domingo, no Independência, será fundamental. E isso, para o comandante alvinegro, depois de uma Quaresma de sacrifício, pode sem dúvida significar uma Páscoa.
O GALO DE LARGHI
DATA | PLACAR | ADVERSÁRIO | COMPETIÇÃO | LOCAL |
10/2 | 1 x 2 | Caldense | Mineiro | Independência |
18/2 | 3 x 0 | América | Mineiro | Independência |
21/2 | 4 x 0 | Botafogo-PB | Copa do Brasil | João Pessoa |
24/2 | 1 x 1 | Tupi | Mineiro | Juiz de Fora |
28/2 | 1 x 0 | Figueirense | Copa do Brasil | Florianópolis |
4/3 | 0 x 1 | Cruzeiro | Mineiro | Independência |
8/3 | 2 x 0 | Uberlândia | Mineiro | Uberlândia |
11/3 | 1 x 0 | Tombense | Mineiro | Independência |
14/3 | 1 x 2* | Figueirense | Copa do Brasil | Independência |
18/3 | 1 x 0 | URT | Mineiro | Independência |
22/3 | 1 x 0 | América | Mineiro | Independência |
25/3 | 2 x 0 | América | Mineiro | Independência |
* Nos pênaltis: Atlético 4 x 2