O desembarque da delegação do Corinthians na tarde desta quinta-feira (24), em São Paulo, foi marcado pelo protesto de um grupo de torcedores, revoltados com a eliminação na noite anterior para o Grêmio, em Porto Alegre, nas quartas de final da Copa do Brasil. Não houve violência, mas os cerca de 20 corintianos que foram ao aeroporto de Congonhas cobraram os jogadores, pedindo mais raça e comprometimento com o time.
Os dois principais alvos dos protestos da torcida foram o atacante Romarinho, chamado de "baladeiro" e "cachaceiro", e o meia Danilo, que ouviu pedidos para deixar o Corinthians. Alguns torcedores ameaçaram criticar Tite, mas foram contidos por outros, que ressaltaram que o problema do time não era o técnico, mas, sim, os jogadores.
O desembarque do Corinthians teve segurança reforçada no aeroporto e o voo ainda foi antecipado, com chegada 30 minutos antes do previsto. A delegação corintiana passou rapidamente pelo saguão de Congonhas e, no meio do protesto dos torcedores, alguns jogadores chegavam a pedir desculpas, como foi o caso do meia Renato Augusto.
O atacante Emerson passou pelo saguão antes dos demais, tentando se esconder dos torcedores. O restante do elenco saiu praticamente junto, andando rápido em direção ao ônibus. Alguns jogadores falaram com a imprensa, mas foram poucas palavras. E Tite deixou o local escoltado pelos seguranças do clube, sem dar entrevista.
Personagem principal da eliminação corintiana na Copa do Brasil, ao perder o último pênalti na decisão contra o Grêmio - e candidato a maior alvo dos protestos da torcida -, o atacante Alexandre Pato não voltou com a delegação para São Paulo. Liberado pela diretoria do clube, ele ficou em Porto Alegre para resolver problemas particulares.