O técnico Adilson Batista não resistiu à goleada sofrida pelo Vasco contra o Avaí (5 a 0), neste sábado, em São Januário, pela 19ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A demissão foi confirmada pelo diretor executivo de futebol vascaíno, Rodrigo Caetano, logo após a derrota.
“Parece que toda a responsabilidade em caso de sucesso recai em cima do técnico, e não é qualquer técnico. Eu peço para que esse ambiente externo, que faz hoje uma vítima, não faça outras. Eu quero que entendam que nós precisamos do apoio de todos”, explicou Caetano, que admitiu não saber se tomou a decisão correta.
“É com muito pesar que anuncio isso. Adilson honrou o clube. Isso nos faz repensar, inclusive nós profissionais. Nós compreendemos e aceitamos críticas na arquibancada. Sou contrário a esse tipo de mudança. Não tenho convicção de que é a melhor decisão”, afirmou.
Presente na sala de entrevistas de São Januário ao lado de Rodrigo Caetano, Adilson Batista disse que é o momento de deixar o Vasco. "Eu só queria agradecer ao clube, foi um privilégio trabalhar aqui. Desde o ano passado eu busquei fazer o meu melhor. Às vezes é melhor você sair para que as coisas fluam melhor, fiquem um pouco mais em paz. Eu sei da minha capacidade e vou sempre respeitar o Vasco. Infelizmente não foi possível o título do Estadual. Estamos vivos na Copa do Brasil, é possível”, disse.
Contratado para tentar livrar o Vasco do rebaixamento no Campeonato Brasileiro do ano passado, Adilson não conseguiu cumprir a meta da diretoria alvinegra, mas acabou mantido no cargo para tentar reconduzir o time à Série A. Este ano, o treinador quase levou a equipe à conquista do Campeonato Carioca: perdeu a final para o Flamengo, que ficou com o título graças a um gol irregular marcado no final do segundo jogo da decisão.
O treinador deixa o Vasco na quinta colocação da Série B, com 32 pontos, e nas oitavas de final da Copa do Brasil, em que tenta a classificação contra o ABC-RN (o primeiro jogo, em São Januário, terminou com empate de 1 a 1).