Arena da Baixada vira palco do vôlei. Brasil busca o deca na Liga Mundial

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
Publicado em 02/07/2017 às 22:27.Atualizado em 15/11/2021 às 09:21.

Por uma semana, a Arena da Baixada, sede de jogos na última Copa do Mundo e casa do Atlético-PR será do vôlei, e do melhor da modalidade entre os homens. Nada melhor do que um palco grandioso para receber as finais da Liga Mundial, com a presença dos atuais campeões olímpicos, em seu primeiro desafio sem o comandante Bernardinho.

Cabe ao substituto Renan dal Zotto a missão de levar a equipe verde e amarela a ampliar sua supremacia na competição, alcançando um impressionante décimo título. Missão nada simples diante da força dos outros cinco classificados para o “final six”, mas que contará com um incentivo extra das arquibancadas.

Ainda que em fase inicial de trabalho, Renan conseguiu dar uma cara ao time que manteve a base dos Jogos Rio-2016, com a chegada de atletas como os centrais Otávio, ex-Minas e Renan Buiatti (que disputou a Superliga pelo Juiz de Fora) e o ponteiro Rodriguinho, do Sada Cruzeiro. E não precisou se valer da classificação garantida para o anfitrião, circunstância que, de certa forma, diminuiu a pressão sobre o grupo e permitiu fazer várias observações.

Na primeira fase, o Brasil garantiu a segunda melhor campanha, atrás apenas da França, com seis vitórias e três derrotas – superou dois dos demais finalistas (Canadá e Sérvia), tropeçando diante de Polônia, Bulgária e Argentina, que não se classificaram.

agora, no entanto, terá de confirmar sua força diante de outros rivais tradicionais, a começar pela Rússia (adversária na final olímpica), que está, assim como os canadenses, no grupo verde e amarelo, o J1. Do outro lado, no K1, franceses, norte-americanos e sérvios, numa série que promete ainda mais equilíbrio.

Desfalque
Para as finais, Renan terá que lidar com um desfalque considerável: o oposto Evandro, do Sada Cruzeiro, com uma trombose na perna, o que aumenta a responsabilidade do outro jogador da posição, o ex-celeste Wallace.

Mais do que nunca, como na campanha do ouro olímpico do ano passado, terá de prevalecer o estilo “operário” (como Bernardinho apelidou), em que a força coletiva e a eficiência nos fundamentos compensam a ausência de um jogador fora de série.

Ontem Renan comandou o primeiro treino no local das finais, fundamental para que os jogadores encontrem as referências numa estrutura muito mais ampla que a dos ginásios habituais da modalidade. Para o ex-ponteiro, situação vivida em 1983, quando integrava a seleção que bateu a União Soviética por 3 a 1, num Maracanã lotado.

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