Arena Joinville corre risco de interdição no STJD

Marcos Dias de oliveira
12/12/2013 às 19:57.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:46

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai realizar nesta sexta-feira, no Rio, o julgamento sobre os incidentes ocorridos no jogo entre Atlético-PR e Vasco, no domingo, na Arena Joinville, pela última rodada do Brasileirão. O estádio corre o risco de ser interditado, depois de ter sido palco de cenas de selvageria na briga entre torcedores dos dois clubes.

O que motivou o pedido de interdição feito pelo procurador do STJD, Paulo Schmitt, foram as fotos do porrete, com um prego numa das pontas, utilizado pelo torcedor vascaíno Leone Mendes da Silva, de 23 anos, para atacar os atleticanos. Segundo o procurador, o artefato foi arrancado da estrutura do estádio, o que caracterizaria uma falha de segurança no local.

No caso de uma possível interdição do estádio, que pertence à prefeitura da cidade, o maior prejudicado será o Joinville Esporte Clube (JEC), que manda seus jogos na Arena Joinville. Neste domingo, por exemplo, vai enfrentar o Canoinhas no local, pela última rodada da Copa Santa Catarina.

Para evitar a interdição, foi anexado às provas em favor da Arena Joinville o laudo realizado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) que atesta ser o porrete de madeira e não de ferro, conforme alegado pelo procurador do STJD. "Trata-se, na verdade, de um pé de mesa que estava numa das lanchonetes, embaixo da arquibancada, destruída pelos brigões", esclareceu Fernando Krelling, presidente da Federação de Esportes e Lazer de Joinville (Felej), que administra o estádio.

Na tarde desta quinta-feira, inclusive, a Comissão de Vistoria da Polícia Militar de Santa Catarina fez uma detalhada inspeção em todos os espaços da Arena Joinville, em busca de problemas que poderiam colocar em risco o público do futebol. A avaliação, contudo, não tem ligação com a briga entre torcedores ocorrida no domingo passado, mas, sim, com a preparação do estádio para receber jogos do Campeonato Catarinense.

"Trata-se de uma vistoria preventiva que realizamos todos os anos em todos os estádios", explicou o tenente Alberto Cardoso Cichella, encarregado do trabalho. O laudo será encaminhado dentro de uma semana para a Federação Catarinense de Futebol.
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