(Leonardo Morais /Hoje em Dia/Arquivo)
GOVERNADOR VALADARES – Única mulher entre os 60 pilotos que participam da 1ª etapa do Campeonato Brasileiro e Open Internacional de Asa Delta, em Governador Valadares, Leste do Estado, a colombiana Cláudia Mejia de La Pava vai decolar neste sábado (4) em 36º lugar. A posição pode até não ser confortável, mas supera as expectativas da professora e tradutora de idiomas que estabeleceu como meta ficar entre os 50 primeiros do mundo em 2015. “Mas este ano me contento de ficar entre os 100 primeiros”, pontua ela. O fato de ser mulher não traz vantagens e nem desvantagens numa competição de asa delta. “Somos todos pilotos e não vejo limites pelo fato de ser mulher. Depois de decolar somos todos iguais; competimos de igual para igual”, ressalta a colombiana, que não revelou a idade, mas pratica o esporte há 22 anos. Mejia é a segunda no ranking da Colômbia e quarta no ranking mundial de mulheres. “É muito lindo voar com eles (homens). Eles apreciam e respeitam. Gosto de participar de um esporte que não me discrimina por ser mulher e me trata como piloto”, diz. Bem humorada, brinca: “sou leve, mas um piloto”. Apaixonada por esportes radicais e de aventura, com passagens pelo mergulho e mountain bike, ela praticava windsurf quando conheceu a asa delta. “Quando me explicaram o que era o esporte, não acreditei que fosse tão simples e fácil. Me disseram para levar a asa para a montanha, montar, engatar, correr e voar. A intenção era experimentar, mas não consegui parar”, relata ela, que fez o primeiro voo sozinha em dezembro de 1993 e começou a competir seis meses depois. A professora e tradutora trabalha para a Federação Aerodesportiva Internacional (FAI) e sua função é observar o nível de organização das competições. Para ela, uma das grandes vantagens de Valadares é oferecer condições de voo o ano inteiro.