Conhecido no Brasil pelas passagens por Palmeiras e Fluminense, Faustino Asprilla é mais uma vítima da violência na Colômbia. Nesta terça-feira (9), o ex-jogador da seleção colombiana anunciou inicialmente em seu Twitter, e depois por meio de comunicado oficial, que deixará sua cidade natal, Tuluá, após ser ameaçado de morte.
"Dediquei toda a minha vida a representar meu país no exterior, a dar alegria ao meu povo colombiano, e quando por fim me disponho a descansar, a retomar meu tempo perdido com meus parentes, sou obrigado a sair pela porta dos fundos do meu próprio povo", informou o ex-atacante por meio de nota em seu site oficial.
À imprensa colombiana, o ex-atleta, que atualmente tem 45 anos, disse que sujeitos não-identificados entraram em seu sítio após ameaçar seu caseiro, e deixaram um número de telefone para ele. "Se não ligasse - disseram ao caseiro - eu e minha família corríamos perigo", afirmou Asprilla ao site Semana.com. O ex-atacante também revelou que o grupo já havia entrado na casa de seu pai e deixado o mesmo número telefônico.
Depois de ler as denúncias, a polícia colombiana entrou em contato com Asprilla e já investiga o caso. Em depoimento, o ex-jogador disse que os homens que invadiram sua propriedade disseram aos empregados que trabalhavam para "Porrón", famoso integrante de uma organização narco paramilitar do país sul-americano.
Após se destacar por Cúcuta e Atlético Nacional no início dos anos 90, Faustino Asprilla tomou o caminho da Europa. Depois de boa passagem pelo Parma, o jogador foi para o Newcastle, sendo em seguida contratado pelo Palmeiras, em 1999, e o Fluminense no ano seguinte. Conhecido por sua velocidade e temperamento forte, o atleta participou das Copas do Mundo de 1994 e 1998 pela seleção colombiana.
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