É CRIME!

Até mesmo o fim da partida: Fifa quer punição severa contra racismo no futebol

Entidade também criou gesto para denunciar o crime durante os jogos

Do HOJE EM DIA
esportes@hojeemdia.com.br
16/05/2024 às 16:09.
Atualizado em 16/05/2024 às 16:46
Vinicius Júnior, estrela do Real Madrid, sofre constantemente com ataques racistas no futebol (Reprodução/ Instagram)

Vinicius Júnior, estrela do Real Madrid, sofre constantemente com ataques racistas no futebol (Reprodução/ Instagram)

A Fifa anunciou nesta quinta-feira (16) um novo protocolo com uma série de punições para combater o racismo no futebol. A entidade vai exigir que as 211 associações filiadas incluam nos códigos disciplinares artigos específicos para enquadrar o crime com "sanções próprias e severas", incluindo o término de partidas - com derrota do time que estiver associado ao ato racista. 

"Nós tornaremos o racismo uma infração específica com inclusão obrigatória nos Códigos Disciplinares Individuais de Todas as 211 Associações Membro da Fifa, diferenciando o racismo de outros incidentes", afirmou Mattias Grafstrom, secretário-geral da Fifa. 

Além disso, a entidade propôs a criação de um gesto específico que consiste em cruzar os braços na altura dos punhos, para alertar os árbitros sobre insultos racistas. O mesmo gesto deve ser feito pela equipe de arbitragem, seguindo a lógica de como fazem o quadrado no ar com os dedos para indicar o uso do VAR. 

Procedimento de gestos da arbitragem criado pela Fifa para casos de racismo no futebol (Reprodução/ Fifa)

Procedimento de gestos da arbitragem criado pela Fifa para casos de racismo no futebol (Reprodução/ Fifa)

O novo protocolo foi adotado pela Fifa com o intuito de proteger os atletas vítimas de racismo. Dentre eles, o brasileiro Vinicius Júnior. O astro do Real Madrid sofre constantemente na Espanha. 

Recentemente, o atacante se emocionou durante entrevista realizada um dia antes do amistoso entre Brasil e Espanha, em março deste ano. 

“Continuo evoluindo para essas coisas, para ser a alegria de todas as pessoas que vão ao estádio. Os racistas são minoria e isso nem sempre acontece. Mas porque sou ousado, sou de Madrid. O melhor clube do mundo. É complicado. Mas vou continuar, porque o presidente me apoia, o clube me apoia. Se eu sair seria o triunfo do racista”, declarou Vini. 

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