Atlético goleia o América por 4 a 1 e está com um pé na final do Mineiro

Wallace Graciano - Hoje em Dia
Publicado em 23/03/2014 às 17:53.Atualizado em 20/11/2021 às 16:48.
 (Flávio Tavares)
(Flávio Tavares)
Chocolate. Assim pode ser definida a partida, que prometia ser equilibrada, mas que o Atlético, em tarde inspirada, não teve muitas dificuldades para golear o América por 4 a 1, no duelo de ida das semifinais do Mineiro, realizado neste domingo (23), no Independência. Otamendi, Jô, Guilherme e Neto Berola fizeram a festa do torcedor do Galo. Tchô diminuiu o marcador. 
 
As duas equipes voltarão a se enfrentar no próximo domingo (30), no mesmo Gigante do Horto, a partir das 18h30, desta vez com mando de campo do Atlético. Para avançar à decisão do Mineiro, o Coelho precisa vencer por quatro gols de diferença, uma vez que o Galo possui a vantagem de jogar por dois resultados iguais, já que terminou a frente do rival na fase de classificação. Complicado. 
 
Só deu Galo
 
A promessa era de que América e Atlético fariam a semifinal mais equilibrada da edição deste ano do Campeonato Mineiro. Um dos ingredientes que temperavam o duelo era o recente confronto entre as equipes, pela primeira fase do estadual, no qual o Galo obteve uma virada sensacional, após estar perdendo por 2 a 0. Havia também uma fantástica recuperação do Coelho no torneio querendo mostrar que poderia fazer frente ao forte elenco adversário.
 
Porém, a esperança de uma partida equilibrada se foi na primeira volta do relógio, quando Tardelli cobrou falta pela direita. Dátolo, meio que “sem querer”, desviou a pelota para a meta, acertando a trave. Otamendi, esperto, mandou para o barbante. 1 a 0
 
O gol precoce desarmava qualquer esquema montado por Moacir Júnior. Assim, o Coelho foi em busca do empate. Entretanto, a equipe alviverde não tinha qualidade para superar o Atlético, que estava bem postado. Tanto que o Galo só não aumentou o marcador porque Matheus venceu por duas vezes o duelo particular contra o inspirado Guilherme.
 
O goleiro fazia o que estava ao seu alcance. Mas não conseguia ser milagroso, já que sua defesa estava extremamente vulnerável. E contra o Atlético, é complicado se mostrar frágil assim. Aos 35, Berola recebeu pela esquerda, fez que ia para frente, mas girou para trás, chamando a defesa para dançar. O rápido atacante ergueu a cabeça e cruzou para Jô. Livre, o matador mandou no canto contrário de Matheus para ampliar a vantagem. 2 a 0.
 
O próximo gol, desta vez, não tardou. Logo aos 40, Tardelli faz grande jogada pelo meio e deixou para Guilherme. Substituindo Ronaldinho, o meia-atacante “incorporou” o maestro na camisa 10 que vestia e deu um passe magistral para Neto Berola, que estava aberto pela extrema-direita. O atacante recebeu, tentou passar por Matheus, mas foi derrubado na área. Pênalti. Guilherme não desperdiçou a oportunidade e cobra como manda o figurino: bola para um lado, goleiro para o outro. 3 a 0. E ficou barato para o Coelho. 
 
Pé no freio
 
Se o Atlético foi amplamente superior no primeiro tempo, a história não mudou muito na etapa complementar. Assim como outrora, o Galo precisou de apenas alguns movimentos para alegrar seu torcedor. Aos 2 minutos, Dátolo avança pela esquerda e cruzou no miolo da área. A zaga do Coelho se mostrou tão vulnerável que Neto Berola nem teve trabalho para escorar de cabeça e aumentar o marcador. 4 a 0.
 
O gol levou à forra do torcedor atleticano. Além de provocar os rivais com gritos de que o Independência tinha um dono, e não era o América, a massa alvinegra já dava a fatura como liquidada e com nove minutos de partida já gritava “olé”. 
 
Moacir Júnior viu que sua equipe estava completamente desorganizada. Mesmo sofrendo uma sonora goleada, preferiu ajustar o setor para “não levar de mais”. Assim, sacou o centroavante Obina e colocou César Lucena em campo, fechando as brechas que a zaga dava aos adversários. 
 
Ao mesmo tempo em que o América conseguiu se reorganizar lá atrás, o Atlético diminuiu seu ímpeto e passou apenas a administrar o resultado, às vezes subindo ao ataque. Em uma dessas investidas, já no 40º minuto do segundo tempo, Tchô marcou o gol de honra do Coelho ao escorar um cruzamento de Gilson para o barbante. A partida terminava com o placar apontando uma goleada alvinegra por 4 a 1
 
 
FICHA TÉCNICA
 
AMÉRICA 1 X 4 ATLÉTICO
 
AMÉRICA: Matheus, Elsinho, Leandro Guerreiro, Lula, Gilson; Diego (Elvis), Andrey Girotto, Ricardinho, Tchô; Willians (Betinho) e Obina (César Lucena).  Técnico: Moacir Júnior
 
ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha, Réver, Otamendi, Dátolo; Josué (Claudinei), Leandro Donizete, Guilherme; Diego Tardelli (Alex Silva), Jô e Neto Berola (Marion). Técnico: Paulo Autuori
 
Gols: Otamendi (no 1º minuto), Jô (aos 35') e Guilherme (pênalti) (aos 40'  do 1º tempo); Neto Berola (aos 2') e Tchô (aos 40' do 2º tempo)
Data: 23 de março de 2014
Motivo: Jogo ida das semifinais do Campeonato Mineiro
Estádio: Independência
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira (CBF/FMF)
Auxiliares: Celso Luiz da Silva (CBF/FMF) e Wesley Moreira de Carvalho (CBF/FMF)
Público: 7.943
Renda: R$ 285.365,00
Cartões amarelos: Neto Berola, Leonardo Silva e Marcos Rocha (Atlético); Ricardinho e Willians (América)
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