Atlético perde no tempo normal, mas Victor é herói nos pênaltis para classificação na Copa do Brasil

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
15/03/2018 às 00:03.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:52
 (ERWIN OLIVEIRA /FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ERWIN OLIVEIRA /FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)

DANIEL TEOBALDO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO / N/A

Ricardo Oliveira fez o gol do Atlético no tempo normal e converteu a cobrança na disputa de pênaltis

Era dia de homenagens para Bebeto de Freitas, falecido na Cidade do Galo na véspera do confronto. Mas virou a noite terminou com alívio, mas preocupação. O Atlético passou na Copa do Brasil, mas precisou eliminar o Figueirense em casa nos pênaltis (4x2).

A equipe mineira recebeu os catarinenses no Independência na noite desta quarta-feira (14), e perdeu por 2 a 1 no tempo normal. Na ida, o Galo venceu por 1 a 0, colocando um pé na vaga. Mas o cansaço no segundo tempo e a falta de qualidade do time de Thiago Larghi ajudou a complicar a situação.

Sorte que não existe mais a regra do gol fora de casa como critério de desempate. Se não o Galo já estaria eliminado no tempo normal. Nos pênaltis, Victor foi salvador, defendendo as cobranças de Jorge Henrique e Diego Renan. Os quatro cobradores do Atlético acertaram os chutes. O próximo adversário será conhecido nesta segunda-feira, e sorteio livre na CBF.

HOMENAGEM, FALHA, REDENÇÃO
O jogo se iniciou após gestos de homenagem para Bebeto de Freitas. A imagem do ex-diretor do Galo foi exibida no telão do Estádio, após o hino nacional. Um minuto de silêncio realizado sob aplausos e gritos da torcida para a lenda do vôlei.

O Figueirense entrou no gramado sob aplausos, carregado uma faixa para se solidarizar à perda de Bebeto. E o time catarinense começou o jogo se sentindo muito bem recebido na partida. Com Maikon Leite, deu bastante trabalho à defesa do Galo.

A equipe da casa tentava cortar as tentativas dos visitantes, mas quase sempre nas faltas. As marcações do árbitro irritaram os jogadores do Galo e, principalmente, a torcida. Enquanto o Atlético tinha dificuldades de sair no contra-ataque, foi justamente um erro num deles (Adilson tocou mal para Ricardo Oliveira) que o Figueira recebeu uma falta no meio da rua.

Victor e a barreira do Atlético se comunicaram mal. Apenas três homens deslocados para o lado, deixando o centro todo disponível para Zé Antônio - aquele mesmo, criado na base do Galo - soltar o canudo e fazer um gol que vale a crítica ao goleiro alvinegro.

O santo do Atlético, inclusive, já havia tomado atitude estranha antes. Numa dividida com o atacante André Luis, Victor recebeu carga no corpo e sofreu a falta assinalada. Ao se levantar, "pagou geral" para o atacante do Figueira.

Atrás do placar, o Atlético viu Adilson crescer com o erro. Uma verdadeira "parede invisível" no meio de campo, roubando bolas e essencial para o empate. Foi ele que viu Ricardo Oliveira livre, na linha da defesa do Figueira, pronto para receber a assistência.

O camisa 9, com categoria, mandou no cantinho de Dênis de canhota, marcando o sexto gol dele em 12 jogos pelo Atlético. No empate, o Galo cresceu e passou a atacar mais.

Róger Guedes, Otero e Cazares se comunicaram melhor. E o pastor quase virou em chute surpresa na entrada da área. 


BAIXAS E VACILO
O Figueirense, que já tinha perdido o zagueiro Cleberson antes dos cinco minutos de jogo, teve que fazer a segunda mudança no intervalo. Betinho trombou no colega no fim do primeiro tempo e també deixou o jogo.

O Atlético não ficou atrás, e perdeu Gabriel no vestiário. O zagueiro foi sacado no intervalo, pois iniciou o jogo com quadro clínico de conjuntivite. 

O segundo tempo teve baixa rotatividade, com o ataque do Atlético preferindo jogadas individuais do que toques coletivos. Já o Figueira também pouco atacava, preferindo agir no erro do Atlético.

E deu certo. Na metade do segundo tempo, o atacante André Luis fez a parede, mas foi desarmado pela defesa alvinegra. Mas, caído, Leonardo Silva foi afastar o perigo, só que jogou a bola nos pés de Jorge Henrique, que teve só o trabalho de empurrar.

A equipe mandante cansou, principalmente com Luan. Poucos lances de perigo para o gol de Dênis, com cruzamentos errados aos montes. A torcida se irritou nas tentativas frustradas de empatar o jogo. Houve até princípio de vaias. Entretanto, a energia da Massa seria fundamental.

O Figueira tinha mais perna, e criou chances para o terceiro gol. Mas a vaga foi decidida, inesperadamente, nos pênaltis. Jorge Henrique começou a disputa máxima parando nas mãos de Victor. Depois, Diego Renan foi alvo de forte vaia pelo passado cruzeirense, e também falhou. O Galo foi 100% nos pênaltis numa atuação de acender ainda mais o sinal de alerta. Está na quarta fase da Copa do Brasil, mas sem o futebol de encher os olhos. 

PÊNALTIS:
Atlético:
Fábio Santos (V)
Ricardo Oliveira (V)
Tomás Andrade (V)
Luan (V)

Figueirense:
Jorge Henrique (X)
André Luis (V)
Diego Renan (X)
Cedrón (V)

FICHA TÉCNICA
Atlético 1 (4) x (2) 2 Figueirense

Atlético: Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel (Iago Maidana) e Fábio Santos; Adilson e Arouca; Róger Guedes (Luan), Cazares e Otero (Tomás Andrade); Ricardo Oliveira. Técnico: Thiago Larghi

Figueirense: Dênis; Diego Renan, Nogueira, Cleberson (Eduardo Bauermann) e Guilherme Lazaroni; Zé Antônio e Betinho (Pereira); Maikon Leite (Cedrón), Jorge Henrique e Gustavo Ferrareis; André Luis. Técnico: Milton Leite. 

Gols: Zé Antônio, aos 21'/1ºT e Ricardo Oliveira, aos 25'/1ºT; Jorge Henrique, aos 25'/2ºT
Arbitragem: Dyorgines Jose Padovani de Andrade, auxiliado por Fabiano da Silva Ramires e Vanderson Antonio Zanotti. Trio do Espírito Santo.
Cartões amarelos: Gustavo Ferrareis e Jorge Henrique (FIG); Leonardo Silva e Ricardo Oliveira (CAM)
Público: 15.169 torcedores 
Renda: R$ 199.445,00

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por