
A história da relação entre Adilson Batista e Atlético não é contada através dos 42 jogos realizados pelo ex-zagueiro em 1994, mas sim pelos 19 duelos que fizeram quando o comandante do América se tornou técnico. O último deles foi justamente no empate entre Galo e Coelho no Independência, domingo. Mais um tropeço do alvinegro diante do treinador, que soma 19 jogos, 9 vitórias, 5 empates e 5 derrotas quando encara o alvinegro.
Adilson iniciou seu "duelo pessoal" contra o Galo há 15 anos, quando estava no Paraná Clube. Naquele jogo, curiosamente, o Atlético apenas empatou pelo Brasileirão 2003 sendo vítima de um raro gol do volante Pierre. O "pitbull" faria história no Atlético, mas sem balançar as redes. O "Capitão América" ainda enfrentaria o alvinegro mineiro por Grêmio (2003/empate), Figueirense (2005/derrota) até voltar do Japão e comandar o Cruzeiro.
Neste momento, com a batuta para liderar o arquirrival atleticano e no ano do centenário do Galo, Adilson virou sinônimo de pesadelo. Goleadas de 5 a 0, títulos mineiros, e apenas uma derrota em 11 jogos - um 3 a 0 com a expulsão mais rápida do clássico (Zé Carlos, da Raposa) quando o time celeste estava com formação reserva à espera da final da Libertadores.
Posteriormente, Adilson não levou tanta vantagem diante do Atlético. Ao sair do Cruzeiro, só venceu o Galo uma vez em cinco confrontos. Os embates foram pelo Corinthians (2010/derrota), Atlético-PR (2011/derrota), São Paulo (2011/vitória), Joinville (2015/derrota) e América (2018/empate). Um aproveitamento geral de 56,14% dos pontos.
"Eu tenho o maior respeito, eu trabalhei lá. Fui atleta, sei da grandeza do clube. São jogos que são clássicos, como Grenal, Atletiba, Fla-Flu e Palmeiras e Corinthians. Sabemos da responsabilidade que nós temos. Quando você ganha, você ganha moral, ganha confiança, o torcedor. Uma série de fatores que achamos importantes. É mais em função do clássico e tenho o maior respeito por eles, lá", afirmou Adilson, ao ser perguntado sobre o sucesso obtido diante do Galo.