'Era o patrocínio dos sonhos'. A Dryworld chegou ao Atlético desconhecida, e foi embora com a fama de caloteira e problemática. Um sonho de verão que durou apenas uma das cinco temporadas de contrato. Há uma dívida cobrada na Justiça. Mas o Galo tem pouca esperança de sucesso. A fornecedora de materiais esportivos do Canadá, apesar de ter sido um fracasso, deixou 'até certo lucro' no clube, conforme conta o diretor financeiro do Atlético, Carlos Fabel.
Ao comentar sobre a situação no programa Arena 98 da Rádio 98FM, Fabel explicou que, num primeiro momento, se posicionou criticamente em relação à oferta de parceria firmada em 2016, sob a gestão de Daniel Nepomuceno. "O contrato era pouco palpável". Só que o dinheiro que entraria de imediato nos cofres alvinegros fez a diretoria correr o risco.
"Na época eu chieie. Falei que o contrato era tentador, o número era tentador, mas achava pouco palpável. Como veio o dinheiro de imediato na frente, acima do que tinhamos de outros patrocinadores, resolvemos apostar. Quando assustamos, e vimos que não iria dar certo, agimos rápido e saimos na frente. O Fluminense se arrastou por mais seis meses. Prejuízo não tomamos, teve até um pequeno lucro. Mas que poderia ter sido muito melhor... Poxa vida! Era um sonho aquele patrocínio", disse.
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A Dryworld acabou assinando também com o Fluminense. Na época, o Hoje em Dia reportou as dificuldades financeiras que a empresa multinacional, especializada em desenvolvimento de uma camada impermeável para chuteiras de rugby, passava. Até mesmo com reclamações no Serasa. Em pouco tempo, o Galo percebeu a barca furada.
"Eles apostaram numa situação que eu não entendi. Não tinha linha de produto para ser explorado no Brasil. Trabalhar dentro do Brasil vendendo apenas uniforme do clube, no número de patrocínio que trabalharam conosco, eu sabia que eles não teriam sucesso".