Pouco mais de dois meses depois de se transferir para o Krasnodar, da Rússia, Junior Alonso está prestes a voltar ao futebol brasileiro. O próprio zagueiro afirmou que deve retornar ao país nos próximos dias. 

“Nesta semana, teremos novidades. O mais provável é que eu siga jogando no Brasil”, disse, em entrevista à rádio paraguaia Monumental AM 1080.

Alonso nem sequer chegou a disputar jogos oficiais pelo Krasnodar. A guerra contra a Ucrânia o levou a deixar a Rússia. 

Nesta segunda-feira, a Fifa confirmou que atletas estrangeiros que atuam em clubes russos podem suspender seus contratos e acertar com um novo clube até 7 de abril.

Diante desse cenário, torcedores do Atlético fizeram campanha nas redes sociais para que Junior Alonso volte a defender a equipe alvinegra. Pelo Galo, ele foi campeão mineiro, brasileiro e da Copa do Brasil na última temporada.

O seu retorno, entretanto, implicaria em um desafio para a comissão técnica comandada por Antonio “El Turco” Mohamed. 

Limite de estrangeiros

Atualmente, o elenco atleticano já conta com seis estrangeiros. Para o segundo semestre, esse número tende a subir para sete, com a chegada do atacante argentino Cristian Pavón.

Pelo regulamento da CBF, as equipes não podem ter mais do que cinco atletas nascidos fora do país em jogos por competições nacionais. Somente na Copa Libertadores, o Atlético pode relacionar todos os estrangeiros ao mesmo tempo, entre titulares e reservas.

Assim, uma possível volta de Alonso pode gerar uma disputa por posição com o uruguaio Diego Godín, contratado justamente para substituí-lo.

Numa hipótese que “El Turco” decida escalar Godín ao lado de Alonso, estrangeiros de outras posições teriam de ficar fora até do banco de reservas. 

Restariam três vagas para Matías Zaracho, Nacho Fernández, Vargas, Savarino e Dylan Borrero, além de Pavón, caso seja confirmada a contratação do atacante argentino.

Retorno de trunfo defensivo

Todavia, uma possível volta de Alonso daria a Antonio Mohamed a possibilidade de contar com a linha defensiva menos vazada do último Brasileirão. Foram 34 gols sofridos em 38 rodadas.

Na Copa do Brasil, o bom desempenho da defesa foi também um dos trunfos do Galo na campanha de seu bicampeonato. Em dez jogos, a equipe sofreu apenas cinco gols.

No início desta temporada, o Atlético foi vazado sete vezes em dez partidas, sendo nove delas pelo Campeonato Mineiro e uma pela Supercopa do Brasil.

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