Apático em campo, Atlético é derrotado pelo Tombense por 2 a 0

Wallace Graciano - Hoje em Dia
Publicado em 06/02/2014 às 00:05.Atualizado em 20/11/2021 às 15:50.
 (André Brant)
(André Brant)
Mostrando um futebol confuso e bem abaixo do esperado, o Atlético foi envolvido pelo Tombense e saiu derrotado do Independência, na noite desta quarta-feira (5), por 2 a 0. Durante toda a partida, o Gavião-Caracará se apresentou sólido e fez da vitória uma justiça. O único momento que teve seu triunfo ameaçado foi no final da partida, quando o Galo teve a chance de empatar o duelo com uma cobrança de pênaltis. Tardelli a desperdiçou.
 
O próximo desafio do Atlético também será complicado. No sábado (8), visita outro Galo, o Carijó, no estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora. A partida terá início às 17 horas. O Gavião-Caracará, por sua vez, será o anfitrião do embate contra a Caldense, que será disputado no Antônio Guimarães de Almeida, no domingo, também às 17 horas.
 
Inversão de papéis
 
De um lado um futebol burocrático, apoiado na base da empolgação, com poucos toques precisos, em que a precipitação na hora que se pedia o detalhe era uma constante. Do outro, a paciência para a variação de jogadas, uma proposta aberta, com a chegada dos laterais apoiando a linha de frente. Quem vê a descrição do primeiro tempo de Atlético x Tombense bem que poderia imaginar que o Gavião-Carcará se mostrou afoito perante o dono do terreiro, o Galo, já que tinha menos “cancha”. Mas, que nada! Os papeis eram outros. O alvirrubro não se intimidou perante os donos da casa e fez com que a vitória parcial por 1 a 0, ao final da primeira etapa, soasse justa. Até mesmo para o outro lado.
 
Apesar de ser apenas sua terceira partida na temporada, o Atlético deixou o torcedor presente no Independência preocupado. O futebol de passes em diagonais, muito baseado na troca rápida de posições e lançamentos precisos parece que ficou num passado nem tão distante. Durante os 45 minutos apontados pelo relógio, o clube chegou em quatro oportunidades. Em todas, foi ao ataque mais pela empolgação do que pela qualidade em envolver o adversário.
 
Adversário que, por sinal, mereceu elogios. Muitos. Moacir Júnior não se acovardou com a mística do Horto. No último sábado, contra o América, mesmo com um a menos, colocou uma equipe bem postada, buscando o gol da vitória. Nesta quarta, contra o Galo, fez o mesmo. O Gavião-Carcará abusou de explorar o espaço deixado entre os zagueiros e os laterais do Atlético. Assim, chegou por três vezes na cara de Victor. Em duas, o goleiro se agigantou e evitou o pior.
 
Mas não foi assim que o time da Zona da Mata chegou ao seu tento. Foi pelo alto. Aos 25 minutos, um escanteio foi cobrado pela esquerda. Victor, que não é de sair mal do gol, “caçou borboletas”, e a bola caiu nos pés de Júnior Negão. E matador que é matador não perdoa. De chapa, mandou para dentro. 1 a 0.
 
O gol por uma falha rival pode dar a impressão de que o time de Tombos somente chegou por uma casualidade, mas durante toda a primeira etapa, foi quem se mostrou mais preciso quando avançava rumo à meta. A vitória parcial não era nenhum exagero.
 
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Complicou

Na volta do intervalo, Paulo Autuori sacou Guilherme para a entrada de Neto Berola, tentando ganhar em velocidade. Com isso, Diego Tardelli foi recuado, ficando responsável pela criação, enquanto Fernandinho e Berola flutuavam pelas pontas, tentando pegar os laterais do Tombense “com a calça na mão”. O problema é que proposta não vingou.
 
Sem conseguir conectar passes nos momentos decisivos, o Atlético foi caindo em seus próprios erros. Afoito, pecava nos momentos finais, o que irritou a torcida. A situação do Galo ficou ainda mais complicada aos 22 minutos, quando Marcos Rocha foi expulso em um lance discutível. Com um a menos, trabalhar a bola ficou ainda mais complicado, já que o Tombense foi fechando as linhas de passe.
 
A grande chance veio aos 39 minutos, quando Neto Berola escapou em velocidade pela esquerda e só parou quando foi derrubado por Léo, na entrada da área. O juiz apontou a marca do cal. Era a chance de evitar a derrota. Porém, Tardelli bateu mal e facilitou a defesa de Flávio.
 
O Tombense, como na primeira etapa, teve seus méritos e pressionou o Galo, chegando, inclusive, a carimbar a trave aos 7 minutos. Mas a euforia ficou completa aos 46, quando Rafael Pernão recebeu livre e, ao ver Victor saindo da meta, chutou conscientemente no canto esquerdo defendido pelo arqueiro. 2 a 0 e festa para o Gavião-Carcará. Fim melancólico de partida para o Atlético.
 
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 0 X 2 TOMBENSE
 
ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson, Jesus Dátolo; Pierre, Josué (Rosinei) Guilherme (Neto Berola), Diego Tardelli e Fernandinho (Leonardo); Jô. Técnico: Paulo Autuori
 
TOMBENSE: Flávio, Léo, André , Mailson, Wanderson (Rafael); Jackson (Denílson) Júlio César, Tiago Azulão (Felipe Dias), Joilson; Laércio e Júnior Negão. Técnico: Moacir Júnior
 
Gols: Júnior Negão (aos 26' do 1º tempo); Rafael Pernão (aos 46' do 2º tempo)
Motivo: Jogo válido pela 3ª rodada do Campeonato Mineiro
Data: 5 de fevereiro de 2014
Estádio: Independência
Local: Belo Horizonte
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira
Auxiliares: Márcio Eustáquio Santiago e Felipe Souza Leal
Público: 4.483 pagantes
Renda: R$ 68.560,00
Cartões amarelos: Wanderson, Léo e Jackson (Tombense); Pierre, Diego Tardelli, Leonardo Silva e Marcos Rocha (Atlético)
Cartão vermelho: Marcos Rocha (Atlético)
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