Atletas da base sonham em ser o "novo" Bernard para o Atlético

Felipe Torres - Do Hoje em Dia
01/01/2013 às 14:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:13

(Bruno Cantini/Atlético)

Ele fechou o ano como um dos destaques do futebol brasileiro. As exibições, ao lado de Ronaldinho Gaúcho, na Série A, renderam prêmios e fama a Bernard. E o sucesso do garoto de 20 anos levou os holofotes de volta à categoria de base do Atlético, que andava meio “apagada”. 

Portanto, o desafio em 2013 passa a ser duplo. Enquanto o meia precisará se afirmar, o Galo tem de mostrar que outras joias estão próximas de ser lapidadas.

O retrospecto recente sugere uma dose de cautela a Bernard. Afinal, nos últimos anos, muitos nomes ganharam evidência, mas passaram longe do status de ídolo. Tchô, Ramon, Renan Oliveira e Giovanni Augusto, por exemplo, que o digam.

“A pressão sobre os meninos é muito grande, todos sabem disso. Para alguns torcedores, temos de chegar e resolver”, pondera o volante Rafael Miranda, que passou por todas as etapas na base alvinegra e hoje é capitão do Marítimo, de Portugal.

Para o jogador, Bernard desponta como um “fora de série” do futebol. “Com tão pouco tempo no profissional, ele virou a revelação do Brasileiro, e isso não aconteceu por acaso”, elogia. 

Falta de paciência

Outros atletas não tiveram o mesmo destino. Valdecir de Souza, o Tchô, é um exemplo. Ele se tornou a “arma secreta” do técnico Levir Culpi durante a Série B de 2006. Com o bonito gol contra o Paulista, pela 23ª rodada, recebeu o apelido de “Tchovchenko”, em alusão ao ucraniano Shevchenko.

Só que nem as convocações para a seleções de base garantiram a Tchô uma dose extra de paciência dos torcedores quando o rendimento oscilou. 

Em 2009, ele deixou o alvinegro e rodou por Marítimo, Guaratinguetá e Bragantino. Mas não conseguiu brilhar em nenhum dos times e, agora, procura novos ares. 

Sequência

Outros garotos cobraram maior sequência no profissional. É o caso do atacante Paulo Henrique. A passagem na equipe principal, em 2007, tornou-se meteórica, com 13 partidas e três bolas na rede. Logo depois de um gol para cima do São Paulo, no Morumbi, no Nacional, acabou no Hereenven, da Holanda. 

“Sempre achei que foi muito rápido e queria permanecer mais. Criei um carinho muito grande pelo Galo. Mas com a situação financeira que o clube se encontrava naquela época, o então presidente Ziza Valadares não me deu outra escolha a não ser ir para a Holanda. Eu ainda tinha idade de júnior”, revela Paulo Henrique, agora no futebol turco. 

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