O Atlético brindou seu torcedor com mais uma bela atuação no Independência, ao vencer o Tupi por 4 a 1, dando um verdadeiro “chocolate”. Com gols de Réver, Jô, Ronaldinho e do estreante Josué, o Galo da capital não deu chances ao Carijó, que prometia estragar a festa atleticana neste domingo de Páscoa (31). Alonso, de falta, até que diminuiu para o time de Juiz de Fora no final da partida, que pouco pôde fazer frente ao poderio ofensivo do rival.

Com a vitória, o Atlético chegou aos 21 pontos, um atrás do líder, Cruzeiro, e garantiu vaga nas semifinais do Campeonato Mineiro. No próximo domingo, o clube recebe o Boa, no Horto, às 16 horas, para tentar tomar a ponta da tabela do rival. O Galo de Juiz de Fora, por sua vez, tentará se redimir diante do Araxá no sábado anterior (6), em confronto no mesmo horário.

Envolvente

O desafio era complicado para o Tupi. Brigando por uma vaga no G-4, a equipe de Juiz de Fora teria de encarar o Atlético no Independência, estádio que virou uma fortaleza alvinegra. Para tentar diminuir o ímpeto do rival, o jovem técnico da equipe da Zona da Mata escalou a equipe de forma compacta, com três volantes auxiliando a linha defensiva. Foi em vão.

Desde o rolar inicial da bola, os jogadores do Atlético mostravam que iriam facilitar uma partida que tinha tudo para ser complicada. Aos 15 segundos, Ronaldinho já havia deixado Jô de frente para o crime. Dois minutos depois, o centroavante teve outra oportunidade. Só não conseguiu balançar a rede porque Tadeu saiu da meta do Tupi de forma providencial. As ofensivas do Galo eram intensas. Com trocas rápidas de passe e inversões de bola precisas, a marcação do Tupi era facilmente ultrapassada.

O gol era questão de tempo e, como era de se esperar, veio de uma jogada bem trabalhada. Aos 17 minutos, a bola veio da esquerda e caiu nos pés de Jô, que estava na entrada da área. O centroavante “fez o pivô” e rolou para Réver. Com categoria, o zagueiro bateu de pé canhoto no canto do arqueiro Tadeu. Golaço para alegria da massa atleticana, que via o placar marcando 1 a 0.

Os times comandados por Cuca têm como característica peculiar a linha de passe do adversário encurtada, enquanto estão defendendo, e as saídas rápidas em ofensiva, o que deixa bonito o futebol apresentado. Assim, o adversário ficou vulnerável e precisava parar os jogadores alvinegros com faltas. Em uma delas, surgiu o segundo tento, aos 24 minutos, quando Ronaldinho chutou por cima da barreira, mas acertou a trave. A pelota subiu e ficou em disputa entre Tadeu e Jô. O centroavante, que não costuma perder disputa pelo alto, não comprometeu, e cabeceou para o gol vazio. 2 a 0.

O Tupi ficou atordoado. Apesar de buscar uma reação, o time de Juiz de Fora pouco conseguia fazer para segurar o Galo da capital. Quando chegava ao gol de Victor, a jogada já estava fragmentada com os frequentes cruzamentos da entrada da área ou em raros chutes de longe. O Atlético não queria saber de tirar o pé, e continuou envolvendo o adversário no seu toque de bola. Só não ampliou o marcador por méritos do arqueiro Tadeu. O placar de 2 a 0 ao final da primeira etapa traduzia bem o que foi o jogo até então, mas se fosse um pouco mais dilatado não seria um exagero.

Domínio mantido

Quando o Atlético desceu para o vestiário com a boa vantagem no placar, a expectativa era de que o segundo tempo apresentaria um futebol cadenciado pelo lado alvinegro da capital, uma vez que a equipe enfrentará o Arsenal, de Sarandí, na quarta-feira. A profecia não se cumpriu. Assim como no primeiro tempo, o Galo de Belo Horizonte partiu para cima do Carijó sem dosar as ofensivas. Balançou as redes em outras quatro oportunidades, duas valeram.

A primeira ocorreu aos 13 minutos, quando Jô recebeu passe de Tardelli e tentou chutar cruzado. A finalização desviou na zaga e se transformou em passe para o estreante Josué. Como se fosse um centroavante, o volante não perdoou e empurrou a bola para a rede. 3 a 0.

O quarto gol sintetizou o futebol apresentado durante todo o duelo de Galos alvinegros. Aos 18 minutos, Richarlyson recuperou bola no círculo central. A pelota sobrou para Tardelli, que tocou para Jô. O centroavante deu um “corta-luz”, enganando o arqueiro Tadeu, que esperava um chute, que veio de Ronaldinho, mandando colocado em seu canto direito. Golaço e 4 a 0 no placar.

O Atlético poderia ter anotado em outras duas oportunidades, mas Guilherme e Marcos Rocha não conseguiram converter as oportunidades. Antes da partida acabar, porém, o Tupi chegou ao seu gol de honra. Aos 41 minutos, Alonso cobrou falta rasteira pela direita e surpreendeu Victor, que esperava cobrança colocada. Os 4 a 1 no placar justificaram o que foi a partida. O Galo Carijó até que lutou, mas virou presa fácil no caldeirão do Horto. Diminuir o ímpeto do rival tem se tornado uma tarefa quase possível nesta temporada.

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO 4 X 1 TUPI

Atlético: Victor, Marcos Rocha, Gilberto Silva, Réver, Richarlyson; Josué, Leandro Donizete, Bernard, Ronaldinho (Alecsandro); Diego Tardelli (Guilherme) e Jô. Técnico: Cuca

Tupi: Tadeu, Thiago Ryan. Thales, Fabrício Soares, Alonso; Genalvo, Maicon Douglas (Maguinho), Rafa Assis, Paulinho (Ygor); Wesley e Vinícius (Rafael Assis). Técnico: Felipe Surian

Gols: Réver (aos 17') e Jô (aos 24' do 1º tempo); Josué (aos 13') e Ronaldinho (aos 21') e Alonso (aos 41' do 2º tempo)

Motivo: Jogo válido pela oitava rodada do Campeonato Mineiro

Data: 31 de março de 2013

Estádio: Independência

Local: Belo Horizonte

Árbitro: Cleisson Veloso Pereira

Auxiliares: Marcus Vinícius Gomes e Breno Rodrigues

Público: 14.413 pagantes

Renda: R$ 363.765,00

Cartões amarelos: Tadeu, Thiago Ryan, Fabrício Soares, Maicon Douglas e Genalvo (Tupi); Réver (Atlético)